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“Funciono na base do cenário de que não há chumbo do Orçamento”, admite Marcelo

Questionado sobre se está preocupado sobre um possível chumbo do OE2022, Marcelo Rebelo de Sousa mantém a confiança na sua aprovação, garantindo que não espera “outro cenário”.
  • Manuel de Almeida/Lusa
21 Outubro 2021, 17h50

O Presidente da República considera que os próximos dias serão decisivos para o futuro do Orçamento do Estado para 2022, uma vez que irão decorrer reuniões entre o Governo e os partidos até à votação na generalidade na próxima semana.

Aos jornalistas, esta quinta-feira, à margem de um encontro de empresas de startups portuguesas no lançamento da Web Summit, Marcelo Rebelo de Sousa frisou que continua “à espera que nos próximos dias aquilo que aconteça seja um diálogo entre partidos e Governo”.

“Estes dias são importantes e continuou a desejar e esperar que haja uma possibilidade do orçamento passar”, rematou, acrescentando que não tem tido “contactos com partidos” depois de os ter recebido no Palácio de Belém, em Lisboa, na semana passada. “Dei toda a liberdade para os diálogos que são, não só, parlamentares, como também partidários”.

Questionado sobre se está preocupado sobre um possível chumbo do OE2022, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que funciona “na base do cenario de que não há chumbo do orçamento. Não espero outro cenário”.

Esta quarta-feira, o primeiro-ministro manteve a confiança na viabilização do OE2022, ainda que não tenha garantido os votos a favor do Partido Comunista, Bloco de Esquerda e PAN. “Estamos empenhados e vamos fazer de tudo para que o acordo exista”, frisou António Costa.

Esta terça-feira, o Bloco de Esquerda divulgou que as negociações com o Governo “prosseguiram, mas sem aproximação satisfatória”, depois de no fim de semana o BE ter enviado por escrito e divulgado publicamente as suas nove propostas nas áreas da saúde, trabalho e segurança social.

Por sua vez, o PAN exigiu, esta quarta-feira, que as propostas do partido sejam “acolhidas” num memorando de entendimento com o Governo.

Já o PCP admitiu em entrevista à Antena 1 que “na fase em que estamos, ou há compromissos concretos, ou o anúncio de intenções serve de pouco”, deixando claro que os comunistas querem ver a questão do próximo Orçamento de Estado resolvida na votação na generalidade. Isto é, na próxima semana.

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