Fusões e aquisições no sector dos pagamentos transfronteiriços diminuíram 35% este ano

As fusões e aquisições no sector dos pagamentos transfronteiriços diminuíram 35% este ano refere a FXC Intelligence, a empresa de dados financeiros especializada nos sectores dos pagamentos transfronteiriços, dos cartões de pagamento e do comércio eletrónico, com sede em Londres.

De acordo com um novo relatório da FXC Intelligence, o número de fusões e aquisições relevantes no espaço de pagamentos transfronteiriços, do primeiro ao terceiro trimestre, diminuiu cerca de 35% este ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, pois passou de 161 em 2022 para 104 em 2023.

“Registaram-se declínios na maioria dos tipos de empresas, em particular nos pagamentos B2B, nas transferências de dinheiro de consumidores e nos processadores de pagamentos”, segundo a análise.

“Embora não exista um fator individual que determine o declínio das fusões e aquisições neste espaço, existem alguns factores macroeconómicos que podem estar a desempenhar um papel no declínio global das fusões e aquisições no sector das fintech”, conclui a FXC Intelligence.

A maior operação de M&A divulgada este ano foi a aquisição da Worldpay pela GTCR (uma empresa de private equity com sede em Chicago) por 18,5 mil milhões de dólares. Com exceção desta aquisição, parece ter havido menos aquisições relevantes na área dos pagamentos transfronteiriços este ano, em comparação com o ano passado.

Entre as empresas que fizeram essas aquisições, houve quedas em quase todos os tipos de negócios, com exceção dos emissores de cartões.

Em particular, nos pagamentos B2B, nas transferências de dinheiro para consumidores e nos processadores de pagamentos, parece ter havido substancialmente menos fusões e aquisições significativas registadas este ano, o que fez baixar os totais globais. Verificamos que a grande maioria da atividade ocorreu nos EUA, com cerca de 33 das 90 empresas adquirentes a terem a sede nos Estados Unidos.

Joe Baker, autor do relatório da FXC, afirmou que “é difícil apontar factores específicos que conduzam à queda das fusões e aquisições no sector dos pagamentos transfronteiras sem fazer generalizações, devido ao vasto leque de empresas que avaliámos”.

“No entanto, várias questões macro foram sugeridas como desempenhando um papel no declínio geral das fusões e aquisições de fintech este ano, incluindo o ambiente económico global desafiador, bem como o colapso do Silicon Valley Bank no início deste ano, o que pode ter dissuadido as empresas de investir muito em aquisições”, acrescenta.