Carros, comboios, aviões. Todos estes meios de transporte fazem parte da missão da Siemens Mobility para melhorar a mobilidade, não só em Portugal mas no mundo.
Na plataforma da ‘Auto/Tech’, a partilhar o palco com o Porsche Taycan S, estava Sabrina Soussan, CEO Siemens Mobility. Por a Siemens se intitular como “líder global de soluções de mobilidade”, aposta em diversas frentes, mas atualmente gosta da aposta nos transportes públicos sustentáveis.
A questão que a CEO lançou no início da conversa com o público, focou-se no que “se trata a mobilidade?”. “A mobilidade é um requisito para o movimento”, sustentou Sabrina Soussan, mas adiantou que entre 2015 e 2050, o número de passageiros deve triplicar.
“A mobilidade é um sonho, mas pode ser um momento horrível durante o dia a dia”, garantiu a CEO responsável pela área em questão. Com a transformação dos carros a gasolina e gasóleo para elétricos, ou a passagem pelo hidrogénio fuel cell, qual o futuro da mobilidade?
Sabrina Soussan garante que o automóvel de amanhã “não será o mesmo de hoje”. “Autónomos, conectados, elétricos e partilhados” deverá ser o futuro que se encontra em cima da mesa. Ainda assim, “os veículos autónomos vão gerar ainda mais congestionamento, aumentando o trânsito em 5,5% dos níveis atuais”.
Para o futuro da mobilidade, a CEO da Siemens Mobility, vê sete hipóteses. “Este setor vai continuar altamente disruptivo” mas o futuro vai continuar a depender do automóvel. “A infraestrutura inteligente vai permitir a existência dos autónomos, uma vez que consegue ver objetos que o olho humano não consegue”, sublinha Soussan, mostrando numa imagem que um carro autónomo vai conseguir ‘pressentir’ uma criança atrás de um carro e agir em função dessa informação, sendo que o humano iria demorar muito tempo a reagir e nunca veria a criança escondida.
“Os transportes públicos são a espinha dorsal da mobilidade, e têm um potencial enorme”, garante a CEO no seu discurso. Enquanto um automóvel apenas transporta até sete pessoas, os transportes públicos conseguem transportar um número sem fim de cidadãos.
A digitalização é a quarta razão enumerada pela responsável, uma vez que permite a previsão de chegada dos veículos, mantendo tudo a tempo e confiável perante o público. A experiência dos passageiros é um dos pontos mais importantes para Sabrina Soussan, não só enquanto indivíduos mas também enquanto conjunto, uma vez que as queixas mais frequentes dos transportes públicos é a sobrelotação.
Outro dos pontos referidos pela CEO foi a existência de “transportes ‘sem costuras’ e intermodal”, ou seja, Sabrina Soussan explica que os transportes públicos, como metro, comboios e autocarros, devem estar unidos numa única aplicação, dando o exemplo da Dinamarca, onde o sistema de transportes públicos funciona desta maneira, e onde dá para carregar os bilhetes mensais e ver todo o tipo de informação.
Uma visão e abordagem holística da mobilidade é um dos pontos mais sublinhados por Sabrina. O objetivo deste último ponto é uma maior eficiência para todos os integrantes no sistema. Ainda assim, a responsável sublinha que este deve ser da responsabilidade das autarquias.
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