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Galp aposta na inovação colaborativa e já gere um portefólio de 75 milhões de euros

Ana Casaca, Global Head of Innovation da Galp, e João Diogo, Head of B to C da Galp, falavam durante a conferência “Stratups: o motor de inovação do mundo corporate”, promovida pela Microsoft Portugal e da qual o Jornal Económico é media partner.
23 Junho 2022, 11h35

A Galp está a apostar no desenvolvimento de processos colaborativos para o investimento na inovação, e gere já um portefólio de 75 milhões de euros, afirmou Ana Casaca, Global Head of Innovation da Galp, na conferência “Startups: o motor de inovação do mundo corporate”.

O investimento na inovação é considerado essencial para garantir o desenvolvimento da empresa, num sector em profunda mudança, devido ao processo de transição energética.

“Uma das coisas fantásticas de estar no sector energético, enquanto empresa inovadora, é que, de facto, 50% das soluções que vão ser necessárias para chegarmos a 2050 com um portfólio descarbonizado ou não estão inventadas ou então estão num estado de desenvolvimento muito prematuro”, disse Ana Casaca.

“Portanto, no nosso sector, temos de abraçar a inovação de uma forma diária, porque este caminho vai ter que ser feito com as universidades, com startups, porque vamos ter que fazer este caminho de uma forma conjunta e vai ser um caminho de aprendizagem”, defendeu.

“Vamos ter que aprender com os clientes, com o mercado e ter esta capacidade e agilidade de experimentar e de adaptar, que é algo que numa cultura tradicional corporate não era muito existente. Hoje em dia, se nós queremos estar aqui em 2050, temos, de facto, de ter esta cultura de experimentação”, acrescentou.

A Galp dispõe de três centros de inovação, que funcionam como espelho das unidades de negócio da empresa. “Naturalmente, esta inovação faz-se em parceria, de uma forma totalmente aberta com o ecossistema de inovação”, explicou Casaca.

“Temos já uma longa história de inovação aberta e de uma forma colaborativa. Atualmente, o portfólio de projetos da Galp tem uma valorização de 75 milhões de euros de projetos ongoing e todos de uma forma colaborativa e feitos em parceria”, apontou.

Repensar o retalho

Um dos exemplos de parceria é desenvolvido com a Sensei, uma startup que está a desenvolver soluções para retalho, o que resultou já numa loja-piloto em operação.

“Este piloto, temos vindo a trabalhar nele já há algum tempo, com a Sensei, no âmbito de um desafio que temos de reestruturação e de remodelação do nosso conceito de retalho, cada vez mais virado para o cliente, não só no conteúdo que oferecemos nas nossas lojas, mas também na forma como podemos oferecer”, explicou João Diogo, Head of B to C da Galp. “A forma como as equipas de inovação se integram com as equipas de negócio é fundamental para criarmos esta parceria internamente”, disse.

João Diogo, que também lidera a empresa portuguesa no mercado espanhol, sublinhou que a empresa aposta na experimentação, procurando aprender com as soluções que desenvolve. “Esta loja tem um sentido muito prático na maneira como os clientes podem entrar e sair, de uma forma ágil, simples, uma forma autónoma, e é um piloto que pode ser alargado e que pode, no limite, até ser um piloto móvel, que pode, até, circular para outros pontos da Península Ibérica”, explicou.

Ana Casaca e João Diogo falavam durante a conferência “Stratups: o motor de inovação do mundo corporate”, promovida pela Microsoft Portugal e da qual o Jornal Económico é media partner, que foi transmitida esta quinta-feira, 23 de junho.

A conferência contou também com a participação de Diogo Pinto Sousa, diretor-executivo para Small Medium and Corporate Markets da Microsoft Portugal, e de Vasco Portugal, CEO da Sensei.

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