A Galp quer apostar no hidrogénio verde na sua refinaria de Sines, distrito de Setúbal, até 2025. A companhia revelou hoje que vai desenvolver um eletrolisador nos próximos anos com uma capacidade inicial de 100 megawatts (MW).
“Encontramo-nos numa posição privilegiada para desenvolver soluções de hidrogénio verde, usufruindo
das nossas capacidades industriais. A Galp tenciona desenvolver até 2025 um projeto de um
eletrolisador com uma capacidade de 100 MW, com posterior potencial de expansão para 600-1.000 MW, caso o modelo de negócio seja comprovado”, disse a energética em comunicado divulgado esta quarta-feira, 2 de junho.
“A transformação gradual da unidade industrial de Sines num centro de energia verde também será
alavancada no acesso ao hidrogénio verde, o que permitirá outras aplicações industriais, tais como a
produção de combustíveis sintéticos, apoiando uma significativa redução de emissões até 2030″, destaca a companhia liderada por Andy Brown.
No seu plano estratégico até 2025, a Galp destaca que “Sines está perfeitamente localizada para ser um produtor altamente competitivo de hidrogénio verde”.
Entre os projetos previstos, está a criação do eletrolisador com 100 MW; a substituição do hidrogénio cinzento usado na produção da refinaria por hidrogénio verde, contribuindo assim para a redução das emissões deste projeto; uso do hidrogénio verde na mobilidade e aplicações industriais.
No caso do lítio, a Galp declara que está “posicionada para expandir-se o processo químico de lítio em Portugal”. A empresa espera estar a produzir 25 quilotoneladas por ano até 2025 com o “potencial para aumentar ao longo da década”.
“Encontramo-nos também a avaliar oportunidades de entrada na cadeia de valor das baterias,
pretendendo antecipar as necessidades alinhadas com a estratégia europeias. A Galp está assim a
posicionar-se para expandir as suas atividades para o processamento químico de lítio em Portugal,
garantindo matéria-prima e desenvolvendo parcerias importantes”, pode-se ler no plano estratégico da Galp até 2025.
A energética aponta que está à procura de parcerias neste momento e que pretende explorar “oportunidades de negócio na cadeia de valor”.
Porquê a aposta no lítio? A empresa liderada por Andy Brown destaca que o crescimento do carro elétrico está a provocar um aumento na procura por baterias de iões de lítio e que a União Europeia está comprometida a criar uma indústria de base.
Já Portugal apresenta “vantagens competitivas em recursos, infraestruturas, energia verde e força laboral qualificada”.
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