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GNR desmente ter recebido “ordem superior” que travou investigação ao carro de Eduardo Cabrita (com áudio)

O esclarecimento surge depois da notícia do “Correio da Manhã”, que dava conta que quando os elementos do Núcleo de Investigação Criminal a Acidentes de Viação da GNR de Évora quiseram fazer novas diligências ao carro, foram impedidos “por ordem superior”
1 Julho 2021, 15h50

A Guarda Nacional Republicana (GNR) garante que não existiu qualquer ordem superior para impedir ou condicionar a investigação relacionada com o acidente de viação na Autoestrada n.º 6 (A6), que envolveu o ministro da Administração Interna (MAI), Eduardo Cabrita.

O esclarecimento surge depois da notícia do “Correio da Manhã“, divulgada esta quinta-feira, que dava conta que quando os elementos do Núcleo de Investigação Criminal a Acidentes de Viação da GNR de Évora quiseram fazer novas diligências ao carro, foram impedidos “por ordem superior”.

Em comunicado, a GNR garante que “nunca existiu qualquer “ordem superior” para impedir ou condicionar quaisquer diligências relacionadas com a investigação do acidente”, e que está, neste momento ainda a desenvolver “todas as diligências inerentes a um processo de investigação de um acidente de viação com vítimas mortais”.

Uma vez que a investigação continua em curso, a GNR adianta ainda que “não é possível prestar esclarecimentos adicionais” sobre esta matéria.

Há duas semanas, um acidente na A6, que envolveu o BMW onde seguia o ministro Eduardo Cabrita fez uma vítima mortal – o trabalhador de uma obra, que estaria a atravessar a estrada, no momento da colisão.

Na nota divulgada no dia 18 de junho, o MAI esclareceu que não existia sinalização para alertar os condutores dos “trabalhos de limpeza em curso” e que a viatura em que seguia o ministro “não sofreu qualquer despiste”, sendo que o carro “circulava na faixa de rodagem, de onde nunca saiu, quando o trabalhador a atravessa”.

“O trabalhador atravessou a faixa de rodagem, próxima do separador central, apesar de os trabalhos de limpeza em curso estarem a decorrer na berma da autoestrada“, adianta ainda o Ministério. No entanto, a concessionária da autoestrada Brisa desmentiu o dito, afirmando, em comunicado que a “sinalização dos trabalhos de limpeza realizados na berma direita da A6 estava a ser cumprida pela ArquiJardim”, a empresa responsável pela intervenção, e que a sinalização estaria de acordo com “os procedimentos de segurança adequados”.

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