O Departamento de Justiça dos EUA acusou formalmente a Google de manter um monopólio ilegal sobre a pesquisa e a publicidade em resultados de pesquisas, avança o “New York Times” esta terça-feira.
A ação prende-se com os contratos de exclusividade e acordos estabelecidos entre a Google e outras empresas com o intuito de eliminar a concorrência aos produtos e serviços da gigante tecnológica.
A Google encontra-se ‘debaixo de fogo’ de ambas as fações políticas americanas, incluindo do presidente Donald Trump, que se tem mostrado muito crítico da concentração de poder que a empresa detém. O processo avança, assim, com uma forte influência e pressão do procurador-geral, William Barr, que foi nomeado diretamente por Trump, e depois de um relatório do Comité da Câmara dos Representantes ter criticado fortemente as práticas anti-concorrência das quatro maiores companhias tecnológicas do mundo, a Google, Facebook, Apple e Amazon.
Contactada pela publicação nova-iorquina, a empresa de Silicon Valley rejeitou comentar. O “New York Times” salienta ainda que o processo deverá demorar anos a desenrolar-se e poderá abrir um precedente jurídico para ações semelhantes por parte dos estados, onde procuradores gerais e investigadores têm levado a cabo diligências à atividade destas empresas, sobretudo no que se relaciona à publicidade. Caso não vença o caso, a Google poderá ser obrigada a reestruturar-se profundamente, arrastando consigo o paradigma cibernético que ajudou a construir.
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