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Google acusada de monopólio ilegal pelo Departamento de Justiça norte-americano

A empresa tenológica enfrenta agora um processo que se antevê longo, mas que pode alterar a face de uma das empresas mais valiosas do mundo. O Procurador-Geral dos EUA, um antigo executivo do setor das telecomunicações, havia garantido no seu discurso de tomada de posse que iria apertar com os gigantes de Silicon Valley.
20 Outubro 2020, 17h45

O Departamento de Justiça dos EUA acusou formalmente a Google de manter um monopólio ilegal sobre a pesquisa e a publicidade em resultados de pesquisas, avança o “New York Times” esta terça-feira.

A ação prende-se com os contratos de exclusividade e acordos estabelecidos entre a Google e outras empresas com o intuito de eliminar a concorrência aos produtos e serviços da gigante tecnológica.

A Google encontra-se ‘debaixo de fogo’ de ambas as fações políticas americanas, incluindo do presidente Donald Trump, que se tem mostrado muito crítico da concentração de poder que a empresa detém. O processo avança, assim, com uma forte influência e pressão do procurador-geral, William Barr, que foi nomeado diretamente por Trump, e depois de um relatório do Comité da Câmara dos Representantes ter criticado fortemente as práticas anti-concorrência das quatro maiores companhias tecnológicas do mundo, a Google, Facebook, Apple e Amazon.

Contactada pela publicação nova-iorquina, a empresa de Silicon Valley rejeitou comentar. O “New York Times” salienta ainda que o processo deverá demorar anos a desenrolar-se e poderá abrir um precedente jurídico para ações semelhantes por parte dos estados, onde procuradores gerais e investigadores têm levado a cabo diligências à atividade destas empresas, sobretudo no que se relaciona à publicidade. Caso não vença o caso, a Google poderá ser obrigada a reestruturar-se profundamente, arrastando consigo o paradigma cibernético que ajudou a construir.

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