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Governo apoia projeto da Navigator para a obtenção de “pastas inovadoras” e “novos produtos de papel”

Projeto de investimento do grupo empresarial The Navigator Company tem um valor global de cerca de 14,6 milhões de euros e recebeu luz verde do Governo. É considerado “de especial interesse para a economia nacional” e vai receber incentivos financeiros do COMPETE 2020.
23 Janeiro 2018, 15h56

O Governo, através do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e do secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, aprovou a minuta final do contrato de investimento a celebrar pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (em representação do Estado português), Navigator Paper Figueira, Navigator Pulp Cacia, Universidade de Coimbra, Universidade de Aveiro e Raiz – Instituto de Investigação da Floresta e Papel. Trata-se de um projeto de investimento do grupo empresarial The Navigator Company (com epicentro nas suas filiais de Cacia e Figueira da Foz) com um valor global de cerca de 14,6 milhões de euros.

O despacho de aprovação do contrato foi publicado hoje em “Diário da República”. O Governo dá assim luz verde ao projeto “InPaCTus – Produtos e Tecnologias Inovadores a partir do Eucalipto”, o qual “visa a realização de investigação e desenvolvimento para a obtenção de pastas com características inovadoras, novos produtos de papel com especificidades e funções/aplicações diferenciadas, papéis ‘tissue’ com propriedades inovadoras, novos bioprodutos, biocombustíveis e outros materiais provenientes da desconstrução da biomassa florestal e subprodutos da indústria de pasta”.

De acordo com o referido despacho, o projeto aprovado “contribui para o aumento das despesas de I&D do setor privado nacional, através de um investimento total privado empresarial de 6,5 milhões de euros a realizar num período de quatro anos”. O investimento global cifra-se em cerca de 14,6 milhões de euros, não estando especificado que parte desse valor será suportado pelo Governo português ou por fundos comunitários. “Envolve também, por parte do consórcio, a contratação de 40 bolseiros afetos à atividade de I&D a realizar no âmbito do projeto, esperando-se ainda que o conhecimento gerado se traduza no aumento da produção científica de qualidade reconhecida internacionalmente”.

O projeto “enquadra-se no regime contratual de investimento” do Regulamento Específico do Domínio da Competitividade e Internacionalização, “por se tratar de um projeto de grande dimensão cujo custo total elegível é igual ou superior a 10 milhões de euros e se revelar de especial interesse para a economia nacional pelo seu efeito estruturante para o desenvolvimento, diversificação e internacionalização da economia portuguesa”.

Mais, “dado o seu impacto macroeconómico, considera-se que o projeto reúne as condições necessárias à concessão de incentivos financeiros previstos para os grandes projetos de investimento, o que justificou a obtenção, em 16 de maio de 2017, da pré-vinculação da Comissão Diretiva da Autoridade de Gestão do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) quanto ao incentivo máximo a conceder”.

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