O secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, disse ao “Expresso” que o Governo encarregou a rede diplomática de posicionar Portugal como um parceiro indispensável das multinacionais da indústria farmacêutica para o fabrico de novas terapias relacionadas com a pandemia de Covid-19, incluindo vacinas destinadas a combater o vírus SARS-CoV-2.
“Desde março que, em articulação interministerial – Negócios Estrangeiros, Saúde e Economia e Transição Digital -, fazemos a divulgação das competências nacionais do setor da saúde para atrair mais investimento direto estrangeiro e estimular as exportações”, disse o governante.
Segundo disse Eurico Brilhante Dias a esse semanário, a Autoridade do Medicamento e de Produtos de Saúde e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal estão a identificar recursos existentes na indústria farmacêutica nacional para dar resposta ao “provável recurso à subcontratração” de parte ou da totalidade do processo de fabrico de vacinas – que poderão valer mais de 8,5 mil milhões de euros, segundo estimativas da Morgan Stanley e do Crédit Suisse -, tendo em conta que “a procura global ultrapassará em larga medida a capacidade de produção instalada” dos grandes laboratórios mundiais.
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