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Governo reúne-se em Lisboa para decidir apoios a quem regressa da Venezuela

Secretário de Estado das Comunidades recolheu, na Madeira, um relatório pormenorizado das áreas principais de intervenção. José Luís Carneiro esteve reunido, ao longo de toda a manhã, com membros do Governo e diversas entidades regionais.
19 Julho 2017, 16h06

Saúde, Habitação Social, Emprego, Educação, Segurança Social e Justiça. São estas as principais áreas de intervenção na política de apoio aos luso-descendentes que regressam da Venezuela. As linhas de atuação por parte dos governos da República e da Madeira vão ser avaliadas e decididas, até ao final deste mês, durante um encontro que vai juntar, em Lisboa, vários membros do Executivo e que será presidido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros.

José Luís Carneiro, secretário de Estado das comunidades deslocou-se ao Funchal, esta quarta-feira, e esteve reunido, ao longo de toda a manhã, com representantes dos diversos setores envolvidos no acolhimento dos luso-descendentes regressados da Venezuela, tendo agora em posse um relatório pormenorizado das principais áreas de intervenção e respetivas problemáticas.

“Foi feita uma identificação rigorosa das necessidades e da tipologia das necessidades, por forma a se estabelecer a metodologia de cooperação”, referiu o secretário de Estado, no final do encontro que foi também presidido pelo secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus, Sérgio Marques.

Em discussão também estiveram questões relacionadas com a qualificação nas línguas portuguesa e inglesa. José Luís Carneiro adianta que há já soluções de articulação entre entidades das áreas da formação e empresarial no que concerne à problemática das línguas, tendo sido disponibilizada pelo Governo português uma cooperação através do Instituto Luís de Camões para os processos de certificação.

Os apoios ao empreendedorismo  foram outras das áreas em análise,  nomeadamente no que diz respeito à criação de micro-empresas.

Esta intervenção obriga a que haja um estabelecimento formal de comunicação entre os governos da República e da Madeira. José Luís Carneiro lembra que há uma cooperação eficaz, desde os incêndios que assolaram a Madeira, em setores como a habitação e a segurança social. Já as áreas da saúde, emprego, formação profissional, justiça e administração interna vão implicar a criação de canais de comunicação mais diretos entre Lisboa e a Madeira.

Estima-se que tenham regressado à Região cerca de 4.000 pessoas vindas da Venezuela, um número que deve crescer em Agosto com o final do ano lectivo naquele país.

Para já, o Governo recusa-se a adiantar valores concretos para os apoios do Estado. O  secretário regional das Finanças, Rui Gonçalves, admitiu, esta manhã,  que  a despesa adicional para o orçamento da Madeira vai ascender a “vários milhões de euros”, mas José Luís Carneiro e Sérgio Marques consideram prematuro avançar com estimativas.

 

 

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