Governo vai decidir em breve sobre o novo aeroporto

A decisão do Governo sobre aeroporto complementar a Lisboa será tomada “em breve”, de acordo com o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques. O governante explicou aos jornalistas que o Governo está a analisar o estudo da Autoridade Nacional de Aeronáutica Civil (ANAC) e, em breve, será anunciada a decisão sobre o aeroporto que será complementar ao de Lisboa.

“Recebemos um conjunto de elementos técnicos das várias frentes, diria assim, e o que posso dizer é que em breve, tomaremos as nossas decisões”, afirmou o ministro do Planeamento e Infraestruturas, à margem da apresentação do projeto de eletrificação da linha ferroviária do Algarve, em Portimão. Contudo, Pedro Marques não confirmou se a utilização mista, civil e militar da Base Aérea do Montijo possa ser a alternativa escolhida pelo Governo.

Na semana passada, no Montijo, o ministro do Planeamento e Infraestruturas já havia avançado com a informação de que “esteve a ser a analisada a possibilidade da utilização da pista complementar aqui” [Montijo].

Depois destas declarações, também o presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, assegurou que o concelho está disponível para receber a obra. “A decisão tem que ser consistente e capaz de alavancar o país. Estamos dispostos a assumir estes encargos com a nova infraestrutura aeroportuária, quer seja com a antiga solução no Campo de Tiro de Alcochete ou na Base Aérea Nº6. O Montijo está disponível para receber esta infraestrutura”, referiu.

Recentemente foram divulgados os dados do ACI (Airports Council International) que indicaram que os aeroportos de Lisboa, Porto e Faro tiveram os maiores crescimentos de 2016. Os aeroportos de Lisboa, Porto e Faro, geridos pela ANA/Vinci, registaram os maiores crescimentos de tráfego em toda a Europa no período entre janeiro e novembro de 2016.

No grupo 2 do ACI, que integra os aeroportos europeus com tráfego anual de passageiros entre 10 e 25 milhões de pessoas, o aeroporto Humberto Delgado averbou uma subida de 21,1% no tráfego homólogo em relação aos primeiros onze meses de 2015.