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GP de Formula 1 em Portimão em 2021 é “realista”, diz CEO do Autódromo do Algarve

Paulo Pinheiro, CEO do Autódromo do Algarve, afirmou esta quarta-feira que a possibilidade de Portimão receber mais um GP de Formula em 2021 “é realista, mas não está garantido”.
7 Outubro 2020, 23h15

Foi preciso esperar mais de duas décadas e que um vírus inesperado trocasse as voltas ao calendário do Campeonato de Formula 1 de 2020 para Portugal receber um Grande Prémio da categoria rainha do desporto motorizado. E, numa altura em que estamos a cerca de duas semanas de vermos 20 carros percorrer o Autódromo do Algarve equipados com um motor V6 turbo de 1.6 litros de cilindrada que chega às 15.000 rotações por minuto e capaz de atingir os 360km/h, demorando menos de três segundos dos 0 aos 100 km/h, a verdade é que a possibilidade de uma reedição do GP de Portimão em 2021 é uma “realidade”.

Disse-o quem sabe e quem por lá anda a preparar ao mais ínfimo detalhe o GP que decorre entre os dias 23 e 25 de outubro. Paulo Pinheiro, CEO do Autódromo do Algarve afirmou, esta quarta-feira, num webinar promovido pela Standvirtual, que a hipótese de se repetir o ‘sonho’ no próximo ano “é realista, mas não está garantido”.

O CEO foi cuidadoso quando foi questionado sobre essa hipótese, mostrando-se otimista e garantiu que a organização do GP de Portimão tudo fará para que assim seja. “É uma ambição que temos e é a nossa missão fazermos duas grandes corridas — o GP e o Moto GP — e, com isso, fazer com que as organizações tenham a vontade para continuarem em Portimão. A qualidade do evento, dos hotéis e restaurantes, a facilidade de chegar a Portugal, joga tudo a nosso favor”.

Paulo Pinheiro disse estar em contacto com as organizações do evento — a Fédération Internationale de l’Automobile (FIA) e a própria F1 — e revelou que, em princípio, o ‘ping pong’ a que se assistiu para a definição do calendário do Campeonato do Mundo de F1 deste ano se deverá repetir no próximo ano, o que poderá jogar a favor de Portimão.

“O que temos falado com as organizações é que haverá um calendário que será quase uma cópia do calendário deste ano e depois iremos assistir a uma reformulação do calendário em função da situação de cada país. O que temos de fazer é estarmos preparados para sermos um dos primeiros a ser chamados caso aconteça essa situação, que é praticamente seguro que irá acontecer”.

Paulo Pinheiro conta, de resto, com o auxílio da presidente da Câmara Municipal de Portimão, Isilda Gomes, que também esteve presente no webinar, juntamente com o antigo piloto Pedro Matos Chaves.

A autarca garantiu que tudo está a ser feito “para que isto corra tão bem que eles não queiram mais sair daqui, que sejam os próprios pilotos a exigir virem para Portimão. Não será por falta de organização, falta de empenho e de reuniões com todos os stakeholders” que tal não acontecerá.

Isilda Gomes revelou que foi criada uma task force que trabalha “em permanência com Paulo Pinheiro” e demais stakeholders dedicada à análise de “todas as questões” e com o objetivo de resolver “todos os problemas”. “É um grupo alargado e toda a gente está a fazer um enorme esforço para evitar situações inusitadas”, disse a presidente da Câmara de Portimão.

Os esforços também estão a ter em consideração as normas de segurança da Direção-Geral da Saúde — será obrigatório o uso de máscara no recinto. Isilda Gomes disse que “na área da saúde temos feito ‘n’ reuniões no sentido de garantirmos que os nossos serviços vão dar resposta a qualquer situação com que nos possamos deparar. Temos uma imensidão de pessoas a trabalhar para que nada falhe”.

Ainda não se sabe qual será o real impacto económico do GP de Formula 1, algo que Isilda Gomes quer saber e disse estar “na iminência de contratar empresa credível do mercado nacional de forma a que possamos ter a noção correta do impacto que a F1 vai ter na região e no país.

E defendeu que “falar de F1 neste momento é uma obrigação patriótica porque estamos a contribuir para o PIB”.

Com capacidade para 95 mil pessoas por dia, o Autódromo do Algarve terá capacidade reduzida por causa da Covid-19, estimando-se entre 25 mil a 35 mil espectadores, a que se deverão juntar mais dez mil do paddock, segundo avançou Paulo Pinheiro.

Quanto aos bilhetes, Paulo Pinheiro revelou que “já estamos com a alocação final de bilhetes”, mas ainda há bilhetes disponíveis.

 

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