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Grandes bancos alemães vão beneficiar das baixas taxas de juros europeias

Baixas taxas de juro do BCE passam a ser um improvável aliado do setor privado da banca alemã.
26 Julho 2017, 17h11

As baixas taxas de juro adaptadas pelo Banco Central Europeu (BCE) podem vir a ser um problema para a maioria dos bancos na Zona Euro, nos próximos dias, quando forem apresentados os resultados do segundo trimestre. Mas para os grandes bancos alemães podem ser sinónimo de lucro.

A longa luta dos bancos privados alemães para competir com as maiores taxas de depósito e os serviços de menor custo oferecidos pelos bancos do setor público, deixou os cinco principais bancos do país com baixas margens e uma participação de mercado coletiva de apenas 30%.

Mas com a adesão do BCE a taxas de juros abaixo de zero por cento, os modelos de negócios tradicionais dos bancos de retalho enfrentam uma enorme pressão. Alguns clientes, como por exemplo os maiores depositantes passaram mesmo a serem obrigados a pagar para manter o seu dinheiro nas instituições e a margem entre os empréstimos diminuiu. O que significa, de acordo com o relatório do Citibank que os dois grandes credores listados – Commerzbank e Deutsche Bank – ganharam rendimentos médios de equidade entre seis a sete por cento desde a década de 1970.

“Taxas mais baixas pressionam os concorrentes, o que é benéfico para nossa estratégia de crescimento, pois leva a ajustes de preços e fechamentos de agências”, diz Michael Mandel, membro do conselho do Commerzbank, ao Financial Times.

De acordo com Mandel, a entidade está a aproveitar esta fase de desenvolvimento para adquirir um maior número de clientes. Até finais de maio já adquiriram “cerca de 351 mil novos clientes na Alemanha”.

Um relatório do Sr. Herman e Citibank cita exemplos de bancos de poupança que estão a cobrar retiradas de ATM. A imprensa alemã informou também sobre instâncias isoladas de Sparkassen está a aplicar taxas de juros negativas para pequenas contas de depositantes.

Em outubro de 2016, o chefe da DSGV, que representa os bancos do setor público da Alemanha, Georg Fahrenschon, disse ao Financial Times que, enquanto seus bancos tentariam evitar passar taxas negativas para pequenos clientes, ele não poderia descartar uma situação em que “a economia exige outras decisões”.

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