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Grécia e reforma do euro: os dois grandes desafios de Centeno no Eurogrupo

“O grande desafio para o futuro será o de gerir o processo de reforma da União Económica e Monetária com base nas propostas que a Comissão europeia apresenta já esta quarta-feira”, avisou o comissário europeu Carlos Moedas.
5 Dezembro 2017, 07h50

O ministro das Finanças português vai suceder a Jeroen Djisselbloem como presidente do Eurogrupo, a partir de 13 de janeiro, e terá pelo menos dois grandes desafios pela frente. A saída da Grécia do programa de ajuda externa e a reforma da União Económica e Monetária são identificados como os próximos temas da região.

Na sequência da eleição de Centeno, o comissário europeu Carlos Moedas lembrou exatamente isso. “Esta eleição ocorre numa altura em que o Eurogrupo atravessa um momento-chave de transição”, afirmou Moedas, em comunicado depois de ser conhecido o resultado da votação.

“O grande desafio para o futuro será o de gerir o processo de reforma da União Económica e Monetária com base nas propostas que a Comissão europeia apresenta já esta quarta-feira”, continuou. “Este caminho de reforma será complexo mas estou certo de que o Ministro Mário Centeno conseguirá construir os consensos necessários para se chegar a bom porto”.

“As contas públicas dos países da zona euro voltaram a cumprir as regras, a economia da zona euro voltou a crescer, o desemprego a cair e apenas a Grécia está ainda sob intervenção da Troika”, acrescentou sobre o país que continua a ser a dor de cabeça da zona euro.

A Grécia aproxima-se do fim do programa de ajuda financeira no valor de 86 mil milhões de euros. No próximo verão, o Eurogrupo será responsável pela supervisão da saída do programa, enquanto terá de negociar o tema sensível do alívio da dívida pública e satisfazer as exigências do Fundo Monetário Internacional.

Por outro lado, Centeno terá ainda outra função, no mínimo, desafiante. O novo presidente do Eurogrupo também terá ajudar a desenvolver uma estratégia comum para a futura reforma da governança da zona euro, incluindo a renovação do braço de resgate da UE e a possível criação de um novo orçamento para o bloco da moeda única.

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