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Grécia volta ao radar do Eurogrupo

Ministros das Finanças da zona euro vão reunir-se hoje em Bruxelas para fazer um ponto de situação do programa de assistência à Grécia, em função dos progressos realizados no cumprimento das condições impostas pelas instituições credoras.
20 Fevereiro 2017, 16h04

Ainda não está assente o regresso da missão técnica das instituições a Atenas, com vista a avaliar se o país grego cumpriu as condições associadas ao terceiro programa de resgate em curso. Por esta razão, está afastada a hipótese de um acordo a nível político na reunião de hoje.

A reunião tem como prioridade analisar as discussões em curso entre o Governo grego e as instituições credoras: a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu, o Mecanismo Europeu de Estabilidade e o Fundo Monetário Internacional.

“Hoje vamos apenas discutir o regresso da missão das instituições a Atenas, o que exige um acordo sobre reformas substanciais e medidas adicionais a serem tomadas. A missão irá então a Atenas tratar de tudo isso e quando voltar olharemos para todo o pacote, incluindo o alívio da dívida. Tivemos muitas conversas nas últimas semanas, vejo progressos, iremos analisar se esses progressos são suficientes para a missão regressar a Atenas”, avançou Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, citado pelo Notícias ao Minuto.

Desta forma, os ministros das Finanças da zona euro vão reunir-se hoje em Bruxelas para fazer um ponto de situação do programa de assistência à Grécia, que terá de aguardar por março ou abril, em função dos progressos realizados no cumprimento das condições impostas para, assim, receber um novo desembolso.

“Os problemas de liquidez (da Grécia) não são substanciais e não vão ocorrer antes do verão. Por outras palavras, não há urgência de dinheiro. No plano económico, claro, é importante que a estabilidade que alcançámos na Grécia e a retoma económica continue, pelo que seria útil tudo se passar muito rapidamente, por questões de estabilidade e confiança”, apontou.

Para a reunião está ainda prevista uma apresentação da Comissão Europeia sobre as recentes previsões económicas de inverno que, no caso português, abrem caminho ao encerramento do Procedimento por Défice Excessivo (PDE) a Portugal, este ano, uma vez que Bruxelas prevê um défice de 2,3 pontos percentuais em 2016.

Mas a decisão sobre o PDE só terá provavelmente lugar em maio, após a validação dos dados de 2016, pelo Eurostat, e da Comissão emitir as recomendações específicas por país, tendo já em sua posse o Programa de Estabilidade e Crescimento que o Governo português vai ter de apresentar.

Mário Centeno vai representar Portugal na reunião de hoje em Bruxelas.

 

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