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Greenvolt com prejuízos de 3 milhões no semestre

“Os resultados do primeiro semestre de 2023 traduzem já o aumento do peso dos projetos utility scale e de geração distribuída face ao negócio da biomassa, equilibrando os vários pilares em diferentes fases de desenvolvimento”, diz na nota João Manso Neto, CEO.
19 Setembro 2023, 19h13

Os resultados líquidos da Greenvolt atribuíveis aos acionistas maioritários foram negativos em 3 milhões de euros, o que traduz uma queda de 342,6% face ao semestre homólogo do ano anterior em que a empresa de energia registou lucros de 1,2 milhões.

Os prejuízos incluindo interesses minoritários somam 7,3 milhões.

“O negócio da biomassa, tal como antecipado, reduziu o seu contributo para os resultados, fruto do nível inferior de preços spot no mercado do Reino Unido e da paragem programada da nossa unidade naquele país. Em sentido inverso, iniciamos um período de maior materialidade da rotação de ativos utility scale, e um incremento substancial na atividade de implementação de projetos de Geração Distribuída”, explica João Manso Neto, CEO da Greenvolt.

“Como assinalámos no primeiro trimestre deste ano, estamos num período de transição, onde o Grupo continuou a reforçar as suas competências operacionais e a consolidar as bases para o desenvolvimento do nosso plano de negócios”, acrescenta.

A empresa reportou receitas do primeiro semestre a crescerem 23% para 139,1 milhões euros, impactado pelo segmento da Biomassa em resultado da diminuição do preço de venda da eletricidade no Reino Unido.

Já as receitas do segmento de energias renováveis de larga escala (Utility Scale) e da Geração distribuída mais do que duplicam.

O EBITDA atingiu 38,3 milhões de euros no primeiro semestre, ou seja teve uma melhoria de 4,1%, apesar do impacto do segmento biomassa, com a paragem da unidade de Tilbury, no Reino Unido e a descida do preço de venda da eletricidade.

A empresa liderada por João Manso Neto refere que os segmentos de Utility Scale e de Geração Distribuída reforçaram contributo financeiro num período em que o resultado líquido atribuível ao Grupo Greenvolt se cifrou em 3 milhões de euros negativos.

“O pipeline de Utility-Scale, que ascende atualmente a 7,7 GW (gigawatts) em 15 geografias, tendo a Greenvolt já desenvolvido, pelo menos até RtB, 851 MW (megawatts) em 8 destas geografias”, acrescenta o comunicado.

A Greenvolt destaca a estratégia de rotação de ativos com a alienação de mais de 60MW na Polónia.

No que toca à geração distribuída a empresa diz que registou um “crescimento exponencial, com instalações no primeiro semestre a crescerem 87% face ao período homólogo de 2022. Receitas mais do que duplicaram”.

A Greenvolt “apresenta uma situação financeira sólida com uma posição de liquidez que ascende a cerca de 730 milhões de euros e com 73% da dívida a taxa fixa”.

A dívida financeira líquida da Greenvolt no final de junho ascendia a 561,8 milhões de euros, sendo que o valor em caixa e seus equivalentes era de 422,0 milhões. “Considerando os pagamentos recebidos já durante o mês de julho, relativos ao closing da transação com a Iberdrola em 2022 (50 MW eólicos) e ao adiantamento pela venda de ativos na Polónia em Junho, o valor da dívida financeira líquida pro-forma é de [432,8 milhões] e o rácio de dívida financeira líquida face ao EBITDA dos últimos 12 meses, é de 4,6x”, refere a Greenvolt.

Durante o primeiro semestre de 2023, a Greenvolt contratou 367,0 milhões de euros de dívida, dos quais 270,0 milhões de Euros têm maturidade de médio e longo prazo.

“Os resultados do primeiro semestre de 2023 traduzem já o aumento do peso dos projetos utility scale e de geração distribuída face ao negócio da biomassa, equilibrando os vários pilares em diferentes fases de desenvolvimento”, diz na nota João Manso Neto, CEO.

“O segundo semestre de 2023 estimamos intensificar os vários processos de rotação de ativos, aumentar o pipeline Ready to Build até 2,9 GW até ao final do ano, continuar a melhorar o desempenho da Biomassa e consolidar e expandir o segmento de Geração Distribuída”, acrescenta o CEO.

A Greenvolt fechou hoje a cair em bolsa 1,02% para 5,82 euros.

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