O PSI subiu 1,41% para 6.085,16 pontos numa Europa que fechou mista entre os ganhos da Bolsa de Londres e as quedas das praças de Paris e Frankfurt.
A estrela da sessão em Lisboa foi a Greenvolt no dia em que anunciou a criação da empresa de comunidade de energia renovável, a Energia Unida. As ações subiram 5,17% para 7,94 euros.
A EDP Renováveis valorizou 4,65% para 24,77 euros e a EDP avançou +4,74% para 4,62 euros. A Navigator também se destacou ao subir 2,93% para 3,51 euros. Há ainda a REN com uma valorização de 2,30% para 2,890 euros; e a Corticeira Amorim que fechou no verde a subir 1,10% para 10,10 euros.
Dos 15 títulos que compõem o índice, só três fecharam em queda. O destaque nas perdas vai para as ações do BCP que recuaram 2,40% para 0,1666 euros.
As ações da Mota-Engil caíram 0,90% para 1,326 euros e os CTT perderam 0,68% para 4,41 euros.
Na Europa o dia foi em geral de correção, com o CAC 40 a ser castigado pelo contexto eleitoral.
“O mercado europeu encerrou a sessão entre os ganhos do PSI e do IBEX as perdas do CAC. O índice francês acabou por ser penalizado pelas sondagens mais recentes das eleições presidenciais francesas, que apontaram para uma vitória curta do atual presidente Emmanuel Macron”, lê-se na análise de Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium investment banking.
O EuroStoxx 50 caiu 0,84% para 3.917,85 pontos e o Stoxx 600 perdeu 0,0022% para 462,18 pontos.
O FTSE 100 valorizou 0,73% para 7.613,72 pontos. Mas o CAC 40 recuou 1,28% para 6.645,5 pontos; o DAX perdeu 0,65% para 14.424,4 pontos; o FTSE MIB desceu 0,86% para 24.960,4 pontos e o IBEX fechou em alta, em contraciclo, subindo 1,20% para 8.623,3 pontos.
Já o índice português foi impulsionado pelas valorizações da Greenvolt, EDP e EDPR, depois que esta última anunciou a expansão da capacidade na rede elétrica. A EDP Renováveis (EDPR) informou esta manhã a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que obteve o direito de ligação à rede de eletricidade para uma capacidade de 70 MVAs no Alqueva, no leilão de solar flutuante em Portugal que decorreu esta segunda-feira.
“A revelação de que a atividade nos serviços da zona euro se expandiu inesperadamente no mês de março, acabou por trazer dados negativos para os mercados acionistas, uma vez que a componente de leitura de novas encomendas desceu e o indicador dos preços de inputs disparou”, refere o analista da MTrader que destaca que nos EUA o ISM Serviços revelou igualmente uma aceleração.
Em relação às tensões geopolíticas notas apontam para que a União Europeia anuncie novas sanções contra Moscovo, que incluem as importações de carvão russo e o controlo de algumas exportações para a Rússia. A bolsa russa voltou a tombar 4,5% por causa das novas sanções europeias.
À hora de fecho das bolsas europeias, os índices norte-americanos encontravam-se em queda, com o índice tecnológico Nasdaq100 a recuar cerca de 1,7%, após os comentários de Lael Brainard de que a Fed deve reduzir o balanço rapidamente e pode começar já no próximo mês, refere a mesma análise.
O euro recua 0,50% para 1,0917 dólares.
Em termos macroeconómicos a inflação homóloga no conjunto da OCDE subiu de novo em fevereiro e atingiu os 7,7%, mais cinco décimas em relação a janeiro, tendo alcançado o nível mais alto desde dezembro de 1990.
A taxa de investimento das famílias na zona euro aumentou, no quarto trimestre de 2021, para 9,9%, o valor mais alto desde os primeiros três meses de 2009, segundo o Eurostat.
A dívida alemã a 10 anos tem os juros a dispararem 10,85 pontos base para 0,61%.
Portugal vê os juros a 10 anos dispararem 15,79 pontos base e já supera os 1,6%, o que não acontecia desde fevereiro de 2019. Neste momento está em 1,51% o juro da dívida no mercado secundário.
Em Espanha os juros escalam 14,80 pontos base para 1,60% e Itália tem os juros a escalar 19,25 pontos base para 2,26%.
O petróleo Brent cai 0,17% para 107,35 dólares.
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