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Greve da Easyjet cancela mais de 200 voos em três dias

Os primeiros três dias de paralisação dos tripulantes de cabine da companhia aérea ‘low-cost’ levaram ao cancelamento de 224 voo a 26, 28 e 30 de maio.
30 Maio 2023, 17h34

Os primeiros três dias de greve dos tripulantes de cabine da Easyjet em Portugal levaram ao cancelamento de 224 voos, o que corresponde a uma adesão de praticamente 100% dos trabalhadores, de acordo com o balanço realizado esta terça-feira pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).

A paralisação na companhia aérea low cost começou no final da semana passada, continuou no domingo e prosseguiu hoje. No entanto, decorre até 1 e 3 de junho, perfazendo um total de cinco dias. A 26 de maio foram cancelados 74 voos, a 28 maio mais 72 e a 30 de maio – o recorde até agora – outros 78 voos cancelados.

Só na sexta-feira é que foi realizado um voo, “tripulado por chefias da Easyjet que têm licença para voar. Excluindo esse voo, em que a tripulação dos aviões é composta por chefias da Easyjet com licença para voar, a greve tem tido uma adesão de 100% dos tripulantes”, detalha a estrutura sindical.

O SNPVAC mostrou-se “plenamente convicto de que os dias que restam da greve dos tripulantes da easyJet que se estendem pelos próximos dias 1 e 3 de junho a adesão será igualmente de 100%, saindo apenas os voos que foram definidos como Serviços Mínimos pelo Ministério das Infraestruturas”, adiantou ainda o sindicato liderado por Ricardo Filipe Canas Penarroias, num ponto de situação enviado ao Jornal Económico.

A greve dos tripulantes de cabine da transportadora área britânica em Portugal tem arrancado sempre às 00h01 e terminado à meia noite do dia seguinte. Em causa estão diferendos nas negociações sobre os contratos de trabalho dos profissionais, uma vez que os tripulantes pedem aumentos e, para a Easyjet, avançar com subidas entre os 63% e os 103% é “impraticável”.

“As propostas de alteração às prestações pecuniárias já anteriormente apresentadas pela empresa continuam senão piores, muito aquém do limiar do aceitável para garantir trabalho digno aos tripulantes de cabine (…). A Easyjet continua surda às dificuldades económicas sentidas pelos seus tripulantes, devido aos baixos rendimentos, em face ao reconhecido aumento do custo de vida, o que asfixia os trabalhadores e põe em causa o bem-estar e conforto das suas famílias”, acusou o SNPVAC aquando da convocação da greve.

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