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Greve nos CTT: empresa diz que adesão é de 16% “e sem impacto” na operação

Os sindicatos dos trabalhadores dos CTT já avançaram que a taxa de adesão à greve se situou nos 70,63% durante a noite passada.
23 Fevereiro 2018, 13h39

Sobre a adesão à greve de 24 horas que os trabalhadores estão a cumprir hoje, sexta-feira, os CTT informam que, “tendo procedido ao registo no sistema de processamento de ordenados dos trabalhadores aderentes à greve, apurou uma taxa efetiva de adesão de 16% no conjunto das empresas em que a greve foi convocada”.

“Estes são dados objetivos, não opinião mas sim medição”. avança a empresa, em comunicado, acrescentando que atribuem “a fraca adesão a esta greve ao facto de a mesma não estar relacionada com as relações laborais, mas com uma motivação de natureza ideológica e, portanto, exterior ao funcionamento regular da empresa.

No entanto, os sindicatos dos trabalhadores dos CTT já avançaram que a taxa de adesão à greve se situou nos 70,63% durante a noite passada e reforçam que a greve de 24 horas se estende a todas as estações e espaços dos CTT do país.

Os CTT vieram ainda garantir que a distribuição postal continua a ser prestada durante o dia de hoje, não tendo esta paralisação cumprido o seu objetivo de interromper o serviço aos clientes. De igual forma, a rede de atendimento dos CTT mantém-se em funcionamento a 100%, com todas as cerca de 2300 lojas CTT e postos de correio existentes abertos de Norte a Sul do País e Ilhas.

Tendo em conta esta adesão, os CTT prevêem que a maioria da população não sinta qualquer efeito da greve mas, caso detete algum constrangimento local, admitem realizar uma distribuição extraordinária de correio amanhã, sábado, 24 de fevereiro. Mas para já não existe esta necessidade.

Recorde-se que na origem do protesto está o Plano de Transformação Operacional dos CTT, que foi apresentado pela empresa em dezembro e que prevê a redução de cerca de 800 trabalhadores na área das operações em três anos e a otimização da rede de lojas, através da conversão em postos de correio ou do fecho de lojas com pouca procura.

Quanto às estações a encerrar, inicialmente foram apontadas 22, mas o número baixou depois para 19 com a criação de novos postos dos CTT em locais como juntas de freguesia ou estabelecimentos comerciais.

Às 14:30 de hoje, sexta-feira, terá início uma manifestação da praça do Marquês de Pombal até à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, em São Bento, local onde as estruturas representativas dos trabalhadores entregarão documentos a exigir a reversão da privatização da empresa.

 

 

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