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Grupo Deutsche Post DHL aumentou receita em 0,9% no primeiro trimestre

Apesar das incertezas criadas pela pandemia da Covid-19, o fluxo de caixa operacional do grupo alemão quase triplicou nos primeiros três meses deste ano para 750 milhões de euros.
20 Maio 2020, 19h26

O Grupo Deutsche Post DHL manteve o crescimento da atividade e revelou bom desenvolvimento de negócio no primeiro trimestre de 2020.

A receita do grupo aumentou 0,9%, para 15,5 mil milhões de euros, enquanto o lucro operacional (EBIT) se cifrou em 592 milhões de euros.

Por seu turno, o fluxo de caixa operacional quase triplicou para 750 milhões de euros.

“Estamos a fazer uma contribuição essencial para gerir esta crise mundial. As nossas equipas tornam o impossível possível, todos os dias”, destacou Frank Appel, CEO do Grupo Deutsche Post DHL.

“O Grupo Deutsche Post DHL, líder mundial em serviços de correio e logística, manteve a sua trajetória de crescimento lucrativo no primeiro trimestre de 2020, apesar do impacto notório da pandemia de Covid-19. A receita aumentou 0,9% para 15,5 mil milhões de euros, e o lucro operacional (EBIT) foi de 592 milhões de euros. O grupo confirmou os números trimestrais preliminares publicados em abril”, destaca um comunicado da DHL.

“Estamos a fazer uma contribuição fundamental para a gestão da crise, com 550.000 colaboradores em todos os países do mundo e a nossa incomparável rede de logística global. A nossa missão envolve transportar equipamento de proteção e medicamentos, assegurando as cadeias de abastecimento da indústria e ajudando a fornecer produtos às populações locais. Temos orgulho nas nossas equipas, que tornam o impossível possível, todos os dias. Elas são
também a base do desempenho positivo do Grupo Deutsche Post DHL no primeiro trimestre, apesar dos desafios globais”, refere Frank Appel, CEO do Grupo Deutsche Post DHL.

O referido comunicado sublinha que “todas as divisões registam lucros no primeiro semestre”.

“Graças à ampla presença geográfica do Grupo e ao seu abrangente portfólio de soluções logísticas – desde serviços de transporte expresso internacional, transporte global de carga aérea e marítima, armazenagem, soluções de comércio eletrónico e soluções de correio e encomendas na Alemanha – o Grupo Deutsche Post DHL está numa posição mais robusta do Deutsche Post DHL que outras empresas e, consequentemente, mais bem posicionado para enfrentar situações de crise”, adianta o comunicado em questão.

De acordo com esta nota infiormativa, “desde que o coronavírus começou a propagar-se pelo mundo, muitas das atividades em diferentes regiões tiveram um melhor desempenho e em alguns casos pior do que estava planeado originalmente”.

“Graças à grande diversificação de áreas geográficas onde as divisões operam e nos setores em que atuam, estas foram capazes de operar com lucro mesmo num ambiente desafiante, demonstrando a sua resiliência em tempos de crise”, asseguram os responsáveis da DHL.

“A crise demonstra mais uma vez o nosso amplo e resiliente portfólio”, afirmou Frank Appel.

“Por exemplo, embora o volume de encomendas na divisão Post & Parcel Germany tenha aumentado significativamente no final do trimestre, as correspondências registaram declínios acentuados. Enquanto as divisões da DHL sentiram os efeitos da paralisação em muitas regiões e indústrias de clientes, os negócios na China verificaram uma recuperação em março após a queda em fevereiro. Globalmente, o Grupo presenciou um forte aumento, especialmente no setor dos alimentos e saúde. Além disso, graças à sua própria frota de aeronaves de carga, o Grupo Deutsche Post DHL provou ser um dos poucos fornecedores no mundo ainda capazes de
transportar entregas urgentes”, destaca o comunicado da DHL.

A orientação a médio prazo confirmada pelo grupo para que o EBIT deve atingir pelo menos 5,3 mil milhões de
euros até 2022.

“No primeiro trimestre de 2020, todas as cinco divisões registaram um lucro operacional, apesar do impacto negativo da pandemia de Covid-19. Contudo, uma vez que o impacto adicional da pandemia não pode ser previsto, não é viável fazer uma orientação para o ano inteiro de 2020”, avança o comunicado, pelo que que o Grupo Deutsche Post DHL retirou a sua previsão para o ano inteiro a 7 de abril, prometendo novas orientações “assim que houver uma base mais confiável para permitir uma previsão detalhada dos lucros”.

Os responsáveis da DHL acrescentam que “as previsões acumuladas para investimentos e fluxos de caixa de 2020 a 2022 também permanecem inalteradas, embora sujeitas a reservas relacionadas aos impactos ainda não quantificados de pandemia de Covid-19 sobre o fluxo de caixa livre durante o ano corrente”.

“O fluxo de caixa operacional quase triplicou, à medida que os gastos com investimentos continuam altos. O fluxo de caixa operacional aumentou para 750 milhões de euros no primeiro trimestre (2019: 252 milhões de euros), testemunhando a sólida posição financeira do Grupo, mesmo em tempos de crise”, assinala o comunicado.

“Graças ao nosso bom balanço e situação de liquidez, conseguimos investir quase 500 milhões de euros no primeiro trimestre, apesar da Covid-19. Assim, fortalecemos a nossa rede global e preparamo-nos para um crescimento mais lucrativo no futuro”, afirma Melanie Kreis, CFO do Grupo Deutsche Post DHL.

No primeiro trimestre de 2020, o Grupo Deutsche Post DHL investiu um total de 453 milhões de euros (2019: 448 milhões de euros) em todas as divisões.

“Ao todo, o Grupo Deutsche Post DHL gerou lucro líquido consolidado de 301 milhões de euros (após interesses não controlados) no primeiro trimestre de 2020 (2019: 746 milhões de euros). O lucro base por ação diminuiu para
0,24 euros (2019: 0,60 euros)”, esclarecemos responsáveis da DHL.

No caso da DHL Express, “conseguiu aumentar a receita e gerar bons lucros no primeiro trimestre, apesar da pandemia de Covid-19”.

“A receita aumentou 4,5%, para 4,2 mil milhões de euros. A disponibilidade da sua própria frota de aeronaves de carga demonstrou ser um fator essencial para a divisão, permitindo-lhe disponibilizar entregas urgentes aos clientes, apesar da paralisação virtual nos voos de passageiros, resultando na perda de capacidade de carga em
muitas regiões do mundo”, assinalam os responsáveis do grupo alemão.

Assim, no primeiro trimestre, a divisão Express do Grupo DHL registou um lucro operacional de 393 milhões de euros (2019: 453 milhões de euros).

Mesmo assim, “os ganhos foram afetados negativamente pelo uso desequilibrado da sua rede, devido à pandemia”.

“Assim que a situação voltar ao normal, a divisão Express poderá novamente utilizar a sua infraestrutura global exclusiva com mais eficiência. O impacto negativo total da Covid-19 nos lucros foi de 90 milhões de euros no primeiro trimestre, sentindo-se os efeitos à medida que o vírus se propagava. Embora os negócios na China já tenham registado uma recuperação notória em março, os negócios na Europa e na América do Norte verificaram
uma tendência no final do trimestre semelhante à da China em fevereiro. No entanto, a margem operacional permaneceu a um nível muito bom de 9,5% (2019: 11,4%)”, revela o comunicado em questão.

A DHL afirma-se como líder global de mercado na indústria da logística, com cerca de 380 mil membros, estando presente em mais de 220 países e territórios em todo o mundo.

A DHL faz parte do Grupo Deutsche Post DHL, que gerou receitas superiores a 61 mil milhões de euros em 2018.

A DHL Express Portugal tem como atividade o transporte expresso internacional de encomendas e documentos, servindo o território nacional através de dez instalações e mais de 350 lojas da rede de ‘servicepoints’ com serviço expresso, recorrendo a uma equipa de mais de 500 especialistas e a uma frota composta por cerca de 200 veículos operacionais e dois aviões dedicados, que garantem diariamente a ligação de Portugal com os grandes centros operacionais em todo o Mundo.

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