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Guimarães é palco da primeira edição do Estalo!

Cinema, música, BD e ilustração são as vedetas do Estalo!, um festival transdisciplinar que promete agitar Guimarães entre 3 e 12 de junho.
1 Junho 2021, 17h49

O Instituto de Design, em Guimarães, será o epicentro da ação do festival Estalo!, onde nomes como Lavoisier, Samuel Martins e Edgar Pêra têm lugar marcado. Mas vamos por partes.

No programa de música, a aposta vai para a dialética entre o local e o global, e para um conjunto de artistas cuja praxis assenta em linguagens musicais com origem em diferentes latitudes: OtrotortO (3 de junho), Lavoisier (5 de junho) e Samuel Martins Coelho, multi-instrumentista residente em Guimarães (6 de junho).

O Bando à Parte e o seu mentor Rodrigo Areias são os responsáveis pela programação da mostra de cinema punk. Na agenda estão quatro filmes de dois cineastas: “Caminhos Magnétykos” (9 de junho) e “Manual de Evasão LX 94” (10 de junho), do realizador português Edgar Pêra, e “Dharma Guns” (11 de junho) e “Le Trésor des îles Chiennes” (12 de junho), do francês F. J. Ossang.

A título de curiosidade, refira-se que a longa-metragem “Caminhos Magnétykos” foi rodada em Guimarães, tendo como cenários dois espaços emblemáticos da cidade, a Fábrica ASA e o Centro Cultural Vila Flor.

Na BD e ilustração, esta primeira edição do Estalo! apresenta uma instalação da Oficina Arara, uma exposição de banda desenhada do espólio da Fundação Farrajota, sob o mote “É só vaidade!”, e uma exposição do ilustrador André Coelho, “Território – Término”.

Paralelamente, o festival vai ainda dinamizar uma feira de editores independentes que promete numerosas novidades nas bancas que vão ocupar uma das alas do Instituto de Design no dia 5 de junho.

Se o festival confronta culturas e linguagens, o edifício que o acolhe é casa de experimentação

O Instituto de Design, parte integrante da Universidade do Minho, está instalado num edifício situado fora das antigas muralhas e junto ao rio que atravessa Guimarães, numa zona ligada à indústria de Curtumes e ao processo de industrialização de Guimarães.

Do conjunto da Rua da Ramada destaca-se o edifício da fábrica da António Martins Ribeiro da Silva, fundada na década de 1930 e conhecida por fábrica da Ramada. Esteve em funcionamento até 2005 e, posteriormente, foi reabilitada para atividades académicas, embora preservando os vestígios da arquitetura industrial.

O Instituto de Design veio ocupar a Fábrica de Curtumes da Ramada, no âmbito do projeto CampUrbis, e para além de acolher o curso de Design da Universidade do Minho também é a sede do FinD Lab Guimarães, um espaço de experimentação por excelência.

Entre um passado industrial e os dias de hoje, ambos marcados pela inovação tecnológica e pelo ato de experimentar, apetece dizer que este espaço assenta como “um estalo” a um festival que pretende confrontar culturas e fomentar debates.

O festival Estalo! é uma organização da Cooperativa Motor que conta com a coprodução do município de Guimarães, apoios do Instituto de Design de Guimarães e da Direção-Geral das Artes e parceria do Cineclube de Guimarães.

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