“A globalização fez aumentar as desigualdades. Muita gente ficou para trás, incluindo nos países desenvolvidos”, referiu Guterres nas primeiras palavras proferidas enquanto novo secretário-geral das Nações Unidas.
O novo secretário-geral da organização lançou o repto de que “a ONU deve estar preparada para mudar” tendo em conta que, no entender de Guterres, existe “incapacidade” para a prevenção de crises: “devemos duplicar os esforços para resolver as crises”, realça o português.
Paz, desenvolvimento e organização interna foram definidas como as três áreas prioritárias: “Não basta fazer melhor, temos que comunicar melhor o que fazemos, de forma que todos compreendam”, destacou Guterres.
“Estou preparado para me envolver pessoalmente na resolução de conflitos onde isso trouxer um valor acrescentado, reconhecendo o papel de liderança dos Estados-membros”, declarou António Guterres, num discurso após ter prestado juramento sobre a Carta das Nações Unidas, perante a assembleia-geral da ONU.
“A prevenção é o que os fundadores das Nações Unidas nos pediram para fazer. É a melhor forma de salvar vidas e de reduzir o sofrimento humano. Onde a prevenção falha, devemos fazer mais para resolver conflitos”, considerou.
Na resposta a “crises graves” como as da Síria, Iémen e Sudão do Sul ou a “disputas longas” como o conflito israelo-palestiniano, são necessárias “mediação, arbitragem e diplomacia criativa”.
Na sua intervenção, Guterres falou em inglês, francês e espanhol.
Ban Ki-moon enaltece Guterres
“Estamos a fazer tudo o que podemos para que as futuras gerações vivam em paz”, afirmou Ban Ki-moon, perante a assembleia-geral da ONU, culminando dez anos como responsável máximo da organização.
No final da sua intervenção, Ban desejou ao seu sucessor, António Guterres, e a todos os membros da ONU “paz, prosperidade e sucesso”.
O discurso de Ban Ki-moon antecedeu o juramento do antigo primeiro-ministro António Guterres, que se tornará o nono secretário-geral das Nações Unidas, cargo que desempenhará a partir de 01 de janeiro de 2017.
Antes, o plenário aprovou, por aclamação, uma resolução de tributo a Ban Kim-moon, que cumpriu dois mandatos como secretário-geral da ONU, num total de dez anos.
O presidente da assembleia-geral, Peter Thomson, transmitiu um “profundo agradecimento” a Ban Ki-moon, destacando o seu legado duradouro e “compromisso com a paz, direitos humanos, justiça e igualdade”.
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