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Haitong terá dez administradores, António Domingues é um deles

O ex-BESI ainda aguarda pela aprovação do Banco de Portugal, mas a lista de administradores será composta por dez elementos.
  • Cristina Bernardo
12 Novembro 2017, 16h00

António Domingues, ex-vice-presidente do BPI e mediático presidente fugaz da CGD, aceitou ser administrador não executivo do Haitong Bank e incorpora uma lista de quatro administradores não executivos, confirmou o Jornal Económico junto de fonte ligada ao processo.

António Domingues, que ainda aguarda a decisão do Banco de Portugal para assumir o cargo, é já vice-presidente do BFA (Banco de Fomento Angola), instituição financeira controlada a 51,9% pela Unitel, foi escolhido por Isabel dos Santos para ser presidente da comissão de auditoria e finanças da Efacec, empresa controlada pela empresária angolana, e é administrador não executivo da NOS, onde Isabel dos Santos, a par da Sonae, é uma das accionistas de referência.

A lista de administradores não executivos do Haitong Bank é liderada pelo chairman Lin Yong e, para além de António Domingues, inclui o já administrador independente Vincent Marie Camerlynck, de nacionalidade belga; e Pan Guangtao como representante do acionista Haitong Securities.

Na nova lista que o Banco de Portugal (BdP) ainda não deu luz verde, os administradores executivos são reforçados. A nova administração executiva será composta pelo Presidente da Comissão Executiva, Wu Min, por Paulo Martins, por Christian Minzolini, por Alan Fernandes, pelo administrador financeiro Mo Yiu Poon e por um novo elemento que não fazia parte da administração no mandato que findou em dezembro de 2016: Nuno Cardoso, que foi responsável pelo escritório do banco em Nova Iorque. Já tinha sido notícia a sua integração no ‘board’ do banco de investimento chinês com sede em Lisboa e agora está confirmado.

O processo de avaliação por parte do BdP – que dada a pequena dimensão do Haitong Bank, tem a incumbência de fazer a avaliação fit & proper (avaliação da adequação e idoneidade dos membros dos órgãos de administração da instituição financeira) – está muito demorado. Mas fonte próxima acredita que estará por semanas a autorização do supervisor nacional. A avaliação é feita a cada um dos membros, mas também ao Conselho de Administração como um todo.

Para não prejudicar o funcionamento do banco, o BdP já concedeu autorização para o início de funções, enquanto Vogal do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva, a Wu Min. O supervisor autorizou ainda o Vogal do Conselho de Administração Lin Yong para o exercício da função de Presidente do Conselho de Administração.

Quando se trata de bancos pequenos, sempre que muda administração, a avaliação destes administradores é do Banco de Portugal. Mas se o mesmo banco pequeno tiver um novo acionista qualificado (mais de 2%) essa operação já tem de ser autorizada pelo BCE. A adequação e idoneidade dos membros do órgão de administração é avaliada pelo supervisor bancário em função de cinco critérios: experiência; idoneidade; conflitos de interesses e independência; tempo consagrado ao exercício do cargo; e aptidão coletiva.

Artigo publicado na edição digital do Jornal Económico. Assine aqui para ter acesso aos nossos conteúdos em primeira mão.

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