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Herdade da Comporta tem dívida de 108 milhões de euros à CGD

No espaço de nove anos, a dívida praticamente duplicou. A empresa Rioforte está a tentar vender de novo a Herdade, que valerá mais de 400 milhões de euros.
  • Jose Manuel Ribeiro/Reuters
17 Novembro 2016, 13h18

A dívida da Herdade da Comporta chegou aos 108 milhões de euros, segundo os dados mais recentes da Comissão do Mercado de Valores Imobiliários (CMVM). Na próxima semana, a 23 de novembro, termina o prazo de duração do fundo de investimento imobiliário em que esse ativo está incluído. Renovado por um período de mais cinco anos, aquele que é um ativo mais valioso do Grupo Espírito Santo (GES) está de novo à venda.

A informação sobre a Herdade da Comporta – Fundo de Investimento Imobiliário Fechado veio a público pela CMVM, citada pelo “Correio da Manhã”, e indica que a dívida desse ativo do GES à Caixa Geral de Depósitos (CGD) aumentou mais de 3,4 milhões de euros em setembro deste ano.

Esta quinta-feira, o CM escreve que, entre 2007 e setembro de 2016, a Herdade da Comporta, localizada a sul de Tróia, tem uma dívida à CGD que cresceu 87%, aumentando de 57,6 milhões de euros para 108 milhões de euros, tornando-se no valor mais alto da dívida desde há nove anos.

Como indica o relatório e contas de 2015 da Herdade da Comporta, na sequência do colapso financeiro, o GES deixou de pagar ao banco público a amortização e os juros desse crédito. O CM diz que os responsáveis por este Fundo de Investimento Imobiliário têm-se reunido com a CGD de forma a renegociar a dívida e encontrar soluções.

Atualmente, a exposição da CGD a empresas do Grupo Espírito Santo ronda os 300 milhões de euros. Além da Herdade da Comporta, o banco público deu crédito à Espírito Santo Internacional, que esteve envolvida no desenrolar do colapso financeiro do grupo.

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