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Herdeiro do trono saudita promete livrar o mundo do terrorismo islâmico

Mohammed bin Salman lançou uma coligação militar antiterrorista, composta por vários países de maioria muçulmana, garantindo que vai lutar até que o extremismo “desapareça completamente da superfície da Terra”.
27 Novembro 2017, 11h00

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, prometeu este domingo que vai livrar o mundo do terrorismo islâmico. Mohammed bin Salman lançou uma coligação militar antiterrorista, composta por vários países de maioria muçulmana, garantindo que vai lutar até que o extremismo “desapareça completamente da superfície da Terra”.

“Hoje vamos começar a rastrear o terrorismo e assistir à sua derrota em muitos países do mundo, especialmente nos países islâmicos”, afirmou o príncipe Mohammed bin Salman, na reunião que marcou o lançamento oficial da iniciativa, em Riade. “A nossa união é importante porque nos últimos anos as organizações [terroristas] atuam nos nossos países sem que haja controlo”.

O lançamento da coligação militar antiterrorista acontece dois dias depois de o Egito ter sido alvo de um ataque terrorista, que vitimou pelo menos 305 pessoas numa mesquita. Mohammed bin Salman considerou que este ataque se tratou de um acontecimento “muito doloroso que faz recordar os perigos do terrorismo e do extremismo”.

A coligação militar, política e financeira liderada pela Arábia Saudita tem como principal alvo o autoproclamado Estado Islâmico, visto como a principal ameaça terrorista do mundo e um sério problema nas extensões de território que ocupa na Síria e no Iraque. Mohammed bin Salman lembra que, tal como outras organizações terroristas, o autoproclamado Estado Islâmico tem permanecido ativo graças ao patrocínio de outros países e ataques de lobos solitários em todo o mundo.

“O maior perigo do terrorismo extremista é distorcer a reputação de uma religião tolerante”, afirmou o príncipe Mohammed bin Salman.

O Irão, de maioria xiita, é também visto como um dos rivais da luta antiterrorismo na região. A Arábia Saudita acusa os xiitas de patrocinarem o terrorismo, enquanto os xiitas apontam as culpas aos sunitas, dividindo ainda mais as duas fações do islão. A coligação é constituída por 41 países de maioria muçulmana, sendo o Qatar, uma das ausências mais notadas. O país é acusado de apoiar grupos terroristas, algo que o Qatar desmente.

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