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Huawei vai vender negócio de cabos submarinos que inclui ligações entre Portugal e o norte de África

Huawei Marine Systems detém ligações para telecomunicações via cabos submarinos em todo o mundo, incluindo ligações entre Portugal e o norte de África. Negócio surge numa altura em que a empresa terá planos para reforçar as ligações e construir infraestruturas em regiões da América do Sul e no Mar Mediterrâneo.
3 Junho 2019, 13h20

A Huawei prepara-se para vender a posição maioritária de 51% no negócio de cabos submarinos à empresa chinesa de fibra ótica Hengton Optic-Electric. Esta é a primeira grande movimentação da tecnológica chinesa no mercado depois de os EUA terem determinado a impossibilidade de empresas norte-americanas estabelecerem relações comerciais com aquela que é uma das maiores fabricantes de telemóveis e fornecedora de infraestruturas para telecomunicações.

Segundo a Reuters, o acordo de venda de 51% do negócio de cabos submarinos da Huawei foi celebrado a 31 de maio. No entanto, os valores envolvidos nesta operação não foram revelados. A Huawei já participou em 90 projetos de ligações por cabos submarinos e na construção de 50.361 quilómetros de cabos (mais de 30 milhas náuticas), incluindo a construção de um cabo de 6.000 quilómetros que pela primeira vez liga África à América do Sul, desde setembro de 2018.

De acordo com o “The Wall Street Journal“, a posição maioritária da Huawei no negócio de cabos submarinos é veiculada pela subsidiária Huawei Marine Systems, que detém ligações para telecomunicações via cabos submarinos em todo o mundo, incluindo ligações entre Portugal (Madeira e Açores incluídos) e o norte de África, bem como entre o Brasil e a Guiné Equatorial e entre EUA e Reino Unido.

Este negócio surge numa altura em que a empresa terá planos para reforçar as ligações e construir infraestruturas em regiões da América do Sul e no Mar Mediterrâneo. As ligações através de cabos submarinos representam uma alternativa à comunicação por via de sinal de satélites e, por isso, são uma área crítica para o funcionamento da internet e para o estabelecimento de telecomunicações globais.

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