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“Imagens insustentáveis”. França, Alemanha e Reino Unido revoltados com os crimes de Busha, na Ucrânia

Responsáveis máximos de França e Alemanha e ministra britânica reagiram este domingo às chocantes imagens da cidade ucraniana de Busha, nos arredores de Kiev, capital ucraniana. Valas comuns e corpos de ucranianos espalhados pelas estradas: este foi o cenário devastador encontrado após o exército russo ter saído desta cidade.
3 Abril 2022, 16h01

O Presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou hoje as imagens insustentáveis provenientes da cidade ucraniana de Busha, onde foram encontrados centenas de cadáveres, e defendeu que as autoridades russas “devem responder por estes crimes”.

“As imagens que nos chegam de Busha, cidade nos arredores de Kiev que foi libertada, são insustentáveis”, escreveu o Presidente francês no twitter.

Macron referiu, concretamente, as “centenas de civis encontrados nas ruas, assassinados”.

A ministra britânica dos negócios Estrangeiros, Liz Truss, também denunciou hoje os “atos revoltantes” cometidos pelo exército russo contra civis na Ucrânia, nomeadamente em Busha, na região de Kiev, e exigiu a realização de um “inquérito por crimes de guerra”.

Liz Truss assegurou que o Reino Unido defenderá a realização de um inquérito pelo Tribunal Penal Internacional e apelou de novo ao reforço das sanções contra a Rússia.

A agência France Press disse ter visto no sábado pelo menos 20 corpos de homens vestidos à civil numa rua de Busha e que um deles tinha as mãos atadas.

A ministra ucraniana dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kouleba, denunciou hoje “um massacre deliberado”.

Alemanha também quer esclarecimentos

O chanceler alemão, Olaf Scholz, exigiu hoje esclarecimentos sobre os “crimes cometidos pelo exército russo” em Busha, perto de Kiev, cidade tomada por forças ucranianas e onde muitos cadáveres foram descobertos.

“Devemos esclarecer esses crimes cometidos pelo exército russo”, disse o chefe do governo alemão, num comunicado divulgado hoje.

De acordo com Olaf Scholz, “os autores desses crimes e os seus patrocinadores devem ser responsabilizados”.

O líder do executivo germânico exigiu, em particular, que as organizações internacionais tenham acesso à região para “documentar essas atrocidades”.

Os corpos de 57 pessoas foram encontrados numa vala comum em Busha, disse uma das fonte das autoridades da região, ao mostrar o local a uma equipa da AFP.

O líder alemão denunciou “imagens terríveis e horríveis” de Busha, com “ruas cheias de cadáveres” e “corpos sumariamente enterrados”.

“Fala-se de mulheres, crianças e idosos entre as vítimas”, sublinhou.

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