O Presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou hoje as imagens insustentáveis provenientes da cidade ucraniana de Busha, onde foram encontrados centenas de cadáveres, e defendeu que as autoridades russas “devem responder por estes crimes”.
“As imagens que nos chegam de Busha, cidade nos arredores de Kiev que foi libertada, são insustentáveis”, escreveu o Presidente francês no twitter.
Macron referiu, concretamente, as “centenas de civis encontrados nas ruas, assassinados”.
A ministra britânica dos negócios Estrangeiros, Liz Truss, também denunciou hoje os “atos revoltantes” cometidos pelo exército russo contra civis na Ucrânia, nomeadamente em Busha, na região de Kiev, e exigiu a realização de um “inquérito por crimes de guerra”.
Liz Truss assegurou que o Reino Unido defenderá a realização de um inquérito pelo Tribunal Penal Internacional e apelou de novo ao reforço das sanções contra a Rússia.
A agência France Press disse ter visto no sábado pelo menos 20 corpos de homens vestidos à civil numa rua de Busha e que um deles tinha as mãos atadas.
A ministra ucraniana dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kouleba, denunciou hoje “um massacre deliberado”.
Alemanha também quer esclarecimentos
O chanceler alemão, Olaf Scholz, exigiu hoje esclarecimentos sobre os “crimes cometidos pelo exército russo” em Busha, perto de Kiev, cidade tomada por forças ucranianas e onde muitos cadáveres foram descobertos.
“Devemos esclarecer esses crimes cometidos pelo exército russo”, disse o chefe do governo alemão, num comunicado divulgado hoje.
De acordo com Olaf Scholz, “os autores desses crimes e os seus patrocinadores devem ser responsabilizados”.
O líder do executivo germânico exigiu, em particular, que as organizações internacionais tenham acesso à região para “documentar essas atrocidades”.
Os corpos de 57 pessoas foram encontrados numa vala comum em Busha, disse uma das fonte das autoridades da região, ao mostrar o local a uma equipa da AFP.
O líder alemão denunciou “imagens terríveis e horríveis” de Busha, com “ruas cheias de cadáveres” e “corpos sumariamente enterrados”.
“Fala-se de mulheres, crianças e idosos entre as vítimas”, sublinhou.