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Imigração ilegal do México cai 40% no primeiro mês de Trump na Casa Branca

Administração norte-americana acredita que políticas mais restritas contribuíram para os dados, mas as posições de Donald Trump sobre imigrantes são alvo de críticas internacionais.
9 Março 2017, 10h40

O número de imigrantes ilegais que atravessam a fronteira do México rumo aos Estados Unidos diminuiu 40% em fevereiro, face ao mês anterior, de acordo com dados divulgados pelo governo norte-americano. O período corresponde ao primeiro mês completo de Donald Trump como presidente dos EUA já que a tomada de posse aconteceu a 20 de janeiro.

No início do ano, o número de imigrantes ilegais normalmente aumenta, mas este ano foi diferente. O número de mexicanos que entraram nos EUA foi 18,762 em fevereiro, face aos 31,578 em janeiro. O chefe de Segurança Nacional, John Kelly, afirmou que a “mudança na tendência” resulta das políticas duras de Donald Trump, citado pela BBC.

“Desde que a administração implementou ordens executivas para reforçar as leis de imigração, as detenções e atividades ilegais estão a caminhar para o menor total mensal dos, pelo menos, últimos cinco anos”, disse Kelly.

Uma das primeiras decisões de Donald Trump quando chegou à Casa Branca foi assinar uma ordem executiva que proibia temporariamente refugiados e nacionais de sete países de entrarem nos Estados Unidos. A medida de Trump, assinada a 27 de janeiro, causou caos em vários aeroportos norte-americanos, com cidadãos do Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen impedidos de entrar no país.

O anúncio da proibição provocou uma onda de protestos em aeroportos nos EUA, com vários líderes políticos e empresariais, especialmente do setor tecnológico, a criticarem a decisão do presidente. O Departamento de Estado suspendeu ainda cerca de 60 mil vistos na sequência da ordem.

No entanto, o controverso diploma anti-imigração foi suspenso pelo Supremo Tribunal de Justiça e o presidente norte-americano foi obrigado a rever a ordem executiva anterior, evitando assim uma longa batalha judicial.

A segunda versão do decreto passou a contar com novos procedimentos de seleção, como a triagem de vistos e a partilha de dados, o que, juntamente com a partilha de informações sobre o conflito na Síria, permitiu ao Iraque ser excluído do veto migratório da Casa Branca.

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