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Impresa vai apresentar queixa-crime contra hackers

O grupo acusa que se trata de um “atentado nunca visto à liberdade de imprensa em Portugal na era digital”, diz que está a trabalhar com a Polícia Judiciária e com o Centro Nacional de Cibersegurança, e “apresentará uma queixa-crime”.
  • Foto cedida
2 Janeiro 2022, 20h19

O grupo Impresa, que detém o semanário “Expresso” e a estação de televisão “SIC”, vai apresentar uma queixa-crime contra os autores dos cibertaques aos websites dos seus dois principais órgãos de comunicação social, este domingo.

A Impresa confirmou, esta manhã, que tanto o site do jornal como da televisão, “bem como algumas das suas páginas nas redes sociais, estão temporariamente indisponíveis, aparentemente alvo de um ataque informático” e que estavam a ser desencadeadas ações “no sentido de resolver a situação”.

Em comunicado, divulgado já durante a tarde, o grupo acusa que se trata de um “atentado nunca visto à liberdade de imprensa em Portugal na era digital”, e garante que os jornalistas dos dois órgãos de comunicação social continuam a fazer o seu trabalho, noticiando também por meios digitais, através “das páginas que permanecem ativas” nas redes Facebook, Linkedin e Instagram.

“O grupo Impresa tem trabalhado com as autoridades competentes, nomeadamente com a Polícia Judiciária e com o Centro Nacional de Cibersegurança, e apresentará uma queixa-crime”, acrescenta a empresa.

Segundo o jornal brasileiro “O Povo”, o grupo de piratas informáticos por detrás deste ataque foi o mesmo que invadiu websites do Ministério da Saúde do Brasil no mês passado e que levou, por exemplo, ao bloqueio do acesso à emissão de certificados digitais de vacinação contra a Covid-19 no país.

“Os dados serão vazados caso o valor necessário não for pago. Estamos com acesso nos painéis de cloud. Entre outros tipos de dispositivos, o contato para o resgate está abaixo”, podia ler-se na mensagem que surgia no ecrã ao tentar aceder às páginas do semanário e do canal de televisão, durante a manhã. O acesso à página da revista de música “Blitz”, que pertence igualmente à Impresa, também estava a ser negado.

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