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“Incêndios” é a Palavra do Ano 2017

“Fogo destruidor, que lavra com intensidade, geralmente assumindo grandes proporções”, assim é definida a palavra do ano pelos dicionários da Porto Editora.
  • Carlos Barroso / Lusa
4 Janeiro 2018, 10h53

A Palavra do Ano 2017 é “Incêndios”, anunciou esta quinta-feira a Porto Editora, que promoveu esta escolha durante o passado mês de dezembro, e na qual participaram 30.000 internautas. “Fogo destruidor, que lavra com intensidade, geralmente assumindo grandes proporções”, assim é definida a plavra do ano pelos dicionários da Porto Editora.

“Incêndios” alcançou 37% dos votos, impondo-se às restantes nove candidatas. O anúncio foi feito na Biblioteca Municipal Ary dos Santos, em Sacavém, no concelho de Loures, nos arredores de Lisboa.

A palavra “incêndios” foi escolhida por causa dos “sucessivos incêndios” que se fizeram sentir durante o ano passado em todo o país. O ano de 2017 “foi um dos mais trágicos de sempre, pela enorme quantidade de vítimas e pela dimensão da área atingida”, justificou a Porto Editora, quando no início de dezembro último apresentou as dez palavras candidatas.

No 2.º lugar, com 20% dos votos, ficou o vocábulo “Afeto” e, no 3.º, “Floresta”, com 14% das escolhas.

O 4.º lugar é ocupado pela palavra “Vencedor”, com 8% dos votos, um termo escolhido por, em maio de 2017, “pela primeira vez, e de forma surpreendente”, Portugal ter sido o país vencedor do Festival Eurovisão da Canção, “sendo de sublinhar o entusiasmo e o carinho que o cantor Salvador Sobral despertou junto dos portugueses”, escreveu a Porto Editora.

No 5.º posto, ex-aequo – com 5% cada –, ficaram os termos “Crescimento”, uma palavra que “há bastante tempo não era usada para definir o comportamento da economia portuguesa, facto que foi notório ao longo do ano”, e “Cativação”, palavra que se tornou muito visível e “algo controversa, na estratégia orçamental do Governo”, no âmbito do “objetivo de manter o défice abaixo dos valores definidos com a União Europeia”.

No 7.º lugar, ficou “Desertificação”, que arrecadou 4% das intenções, e, no 8.º, ex-aequo, com 3% das intenções de voto, cada, ficaram os termos “Gentrificação” e “Peregrino”.

No último lugar ficou “Independentista” com apenas 1%.

Esta foi a nona edição da iniciativa da Porto Editora. Na primeira edição, em 2009, a Palavra do Ano foi “Esmiuçar” e, em 2010, “Vuvuzela”, à qual se sucederam “Austeridade” (2011), “Entroikado” (2012), “Bombeiro” (2013), “Corrupção” (2014), “Refugiado” (2015) e “Geringonça” (2016).

O concurso da Porto Editora pretende “sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa” destacando a “importância das palavras e dos seus significados na produção individual e social dos sentidos com que vamos interpretando e construindo a própria vida”.

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