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Índia quer lançar rupia digital e taxar lucros das criptomoedas em 30%

As iniciativas estão previstas para o próximo ano fiscal, que começa em abril. De acordo com a “CNN Business”,  a ministra das finanças indiana disse que a rupia digital “daria um grande impulso à economia digital” e afirmou que é necessária regulamentação das criptomoedas dada a “magnitude e a frequência dessas transações”.
  • The Union Minister for Finance and Corporate Affairs, Smt. Nirmala Sitharaman holding a press conference on Cabinet Decisions, in New Delhi on November 12, 2020.
1 Fevereiro 2022, 17h37

A Índia planei lançar uma versão digital da rupia, juntando-se à corrida para criar moedas virtuais apoiadas pelo Estado enquanto assume a vontade de taxar os rendimentos provenientes das criptomoedas em 30%.

O banco central do país espera introduzir a moeda “usando blockchain e outras tecnologias” a partir do novo ano fiscal, que começa em abril, disse esta terça-feira a ministra das Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman, durante a apresentação do orçamento anual do país.

De acordo com a “CNN Business”,  Sitharaman disse que a rupia digital “daria um grande impulso à economia digital”, mas não deu mais detalhes sobre o seu lançamento, impacto ou em que é que poderia ser usada inicialmente.

No mesmo discurso, a ministra sugeriu que as autoridades estão dispostas a continuar a permitir o comércio de criptomoedas no país, mas com algumas regulamentações, nomeadamente um imposto de 30% sobre os rendimentos provenientes dos ativos digitais.

Desde o início da pandemia que o país assistiu a um boom neste mercado. “Houve um aumento fenomenal nas transações em ativos digitais virtuais”, afirmou Sitharaman. “A magnitude e a frequência dessas transações tornaram imperativo prever um regime tributário específico.”

Segundo a “CNN Business”, a Índia expressa há anos preocupação com as criptomoedas e com a melhor forma de regular os ativos digitais. O banco central frequentemente expressou preocupações de que pudessem ser usadas para lavagem de dinheiro e para financiar o terrorismo.

Uma proposta enigmática publicada no site do parlamento no ano passado sugeriu que o governo estava a explorar planos para “proibir todas as criptomoedas privadas na Índia”.

O paradigma parece ter mudado. Os especialistas do setor consideram as observações de Sitharaman como um sinal de que a terceira maior economia da Ásia não vai proibir as moedas virtuais, e os investidores – estimativas apontam para cerca de 20 milhões de indianos – respiraram de alívio.

“A tributação de ativos digitais virtuais ou criptomoedas é um passo na direção certa. Dá clareza e confiança muito necessárias à indústria”, disse Sumit Gupta, cofundador da CoinDCX, o primeiro unicórnio de criptomoedas da Índia.

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