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Indicador de clima económico atinge níveis pré-pandemia em outubro

O gabinete de estatística lembra que o aumento verificado nos custos da produção industrial em outubro foi o mais elevado da série deste indicador, o que, ainda assim, parece não afetar a o clima económico, que subiu a níveis pré-pandémicos em outubro.
18 Novembro 2021, 12h01

O indicador de clima económico aumentou em outubro, atingindo o valor registado em fevereiro de 2020, a última leitura antes da chegada da pandemia a Portugal, revelam os dados publicados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este resultado contrasta com a evolução do indicador de confiança dos consumidores, que recuou em outubro, após ter aumentado em agosto e setembro.

O indicador de atividade económica abrandou entre maio e setembro, revelam os dados do INE, que relembra o efeito base neste período, decorrente das restrições decretadas nesse período.

A síntese económica de conjuntura do gabinete nacional de estatística lembra que outubro manteve a tendência de aumento dos custos de produção na indústria nacional, sendo que a subida homóloga de 11% do índice de preços na produção da indústria transformadora constitui o maior aumento deste indicador na série temporal.

Olhando para os dados de setembro relativos à produção industrial, este registou uma variação homóloga de -5,4%, após ter diminuído 9,6% no mês anterior. Comparando com setembro de 2019, o indicador recuou 2,5%. Ao mesmo tempo, o índice de volume de negócios na indústria verificou um crescimento homólogo de 11,6%, depois de ter aumentado 13,8% no mês anterior.

O aumento dos preços na produção industrial foi de 8,3%, em termos homólogos, ignorando a componente energética.

Este fenómeno nos preços dos bens intermédios e da energia contribuiu ainda para a variação homóloga de 10,3% no índice de volume de negócios nos serviços em outubro, que inclui o comércio a retalho. Este indicador desacelerou, no entanto, em relação aos 10,7% registados no mês anterior, o que reflete o impacto desta pressão de preços no sector.

Relativamente aos preços no consumidor, a taxa de inflação homóloga em outubro foi de 1,8%, o que, ainda assim, fica significativamente abaixo da média na zona euro. Nas categorias com contribuições positivas para este resultado, destacam-se as de “Transportes” e de “Habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis”, com variações homólogas de 7,5% e 3,0%, respetivamente, detalha a nota do INE.

No que respeita à procura, e em linha com o menor crescimento homólogo verificado em setembro no consumo interno do que no mês anterior, as exportações e importações nacionais avançaram 10,3% e 17,5%, respetivamente, o que compara com os 16,9% e 21,9%, pela mesma ordem, em agosto de 2021. Relativamente a igual período de 2019, verificaram-se variações de 10,8% e 7,8%, pela mesma ordem.

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