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Indra fornece Exército espanhol com laboratório contra ataques químicos

Este equipamento servirá para identificar agentes químicos nas zonas de conflito e apoiar autoridades civis em caso de necessidade.
24 Novembro 2019, 18h09

A mutinacional de tecnologia de defesa Indra vai fornecer ao Exército espanhol um laboratório móvel de vanguarda para enfrentar ataques químicos.

Segundo um comunicado da Inda, “o laboratório potencia as capacidades do ‘Regimento de Defesa NBQ ‘Valência’ Nº1, para identificar agentes químicos nas zonas de conflito e apoiar autoridades civis em caso de necessidade”.

“Trata-se de uma capacidade crítica na ajuda à tomada de decisões de comando, para proteger a vida dos soldados e a população civil em caso de ataque ou emergência. A unidade permite identificar compostos de alta toxidade e uso proibido que alguns grupos terroristas possam querer usar contra a população”, destaca o mesmo comunicado.

De acordo com esta nota informativa, o equipamento em causa está “preparado para ser montado de forma rápida em zona de operações, para identificar agentes agressivos químicos e agentes tóxicos químicos industriais que o inimigo possa estar a utilizar”.

“O laboratório da Indra potenciará as capacidades operativas do Regimento de Defesa NBQ (Nuclear, Biológica e Química) ‘Valencia’ Nº1. A tomada de decisões de comando dependerá da agilidade e eficácia com que se realize a identificação destas substâncias perigosas”, assinala o comunicado da Indra.

Os responsáveis da Indra relembram que, “até agora, este regimento contava com Veículos de Reconhecimento VAMTAC, BMR 6×6 e uma equipa de amostras e identificação de agentes biológicos, químicos e radiológicos (SIBCRA) para recolher amostras em zonas contaminadas e enviá-las para um laboratório, para posterior análise”.

“Agora, será possível montar um laboratório completo na zona de operações, para receber as amostras e permitir a vários especialistas trabalhar em segurança com o equipamento mais avançado para a sua identificação. Uma forma de ganhar tempo e eficácia na sua atuação”, garantem os responsáveis da Indra.

“Identificar estes agentes químicos é o primeiro passo para responder de forma adequada a incidentes deste tipo. Trata-se também de uma capacidade estratégica para seguir o rasto do uso de armas químicas proibidas, utilizadas contra civis em vários conflitos”, assegura o referido comunicado.

Esta nota acrescenta que “o laboratório é composto por um contentor de seis metros que alberga a área de trabalho e por um outro de apoio, equipado com ar condicionado, filtração NRBQ de ar (agentes radiológicos, biológicos e químicos), tanques de água, UPS (fonte de alimentação ininterrupta), geradores e armazenamento de material”.

“Para recolha e preparação das amostras, os operadores contam com uma cabine de manipulação isolada do resto do laboratório. Dispõem também de um sistema de comunicações para transmitir os resultados aos comandos de forma imediata”, garantem os responsáveis da Indra, acrescentando que “todos os equipamentos de análise são completamente compatíveis com os que atualmente detém o INTA (Instituto Espanhol de Técnica Aeroespacial) nas suas instalações em La Marañosa (Madrid)”.

“Ambos os laboratórios podem ajudar-se na necessidade de se confirmar um resultado”, afiançam os responsáveis da Indra, observando que “este laboratório da Indra permite identificar os químicos agressivos de guerra e tóxicos industriais, em conformidade com os padrões internacionais da NATO para este tipo de instalações (STANAG 4632)”.

“Com este contrato, a Indra consolida a sua posição como fornecedor tecnológico de confiança do Exército Espanhol em soluções de deteção e luta a ameaças NRBQe (Nuclear, Radiológico, Biológico, Químico e explosivos)”, reclama os responsáveis da empresa multinacional.

Os responsáveis da Indra recordam que, “no âmbito da luta contra engenhos explosivos improvisados (IED) – uma das armas mais utilizadas por grupos terroristas e uma das que causa mais baixas em conflitos – a Indra forneceu um laboratório utilizado pelos países da NATO, no Afeganistão entre 2011 e 2014”.

“Posteriormente, dotou o centro internacional de treinos da Agência Europeia da Defesa (EDA) em Soesterberg (Holanda) com dois laboratórios forenses móveis, desenhados para facilitar a formação dos melhores especialistas militares do continente e preparados para arrancar em zonas de operações, se necessário”, destaca o referido comunicado.

Também o Exército Australiano encomendou à Indra o desenvolvimento de um laboratório deste nível máximo.

“Em paralelo, a Indra participou nos projetos europeus mais ambiciosos de I+D (Investigação e Desenvolvimento) alguma vez lançados, para a deteção de explosivos à distância, usando diferentes técnicas pioneiras. A Indra desenvolveu um veículo de reconhecimento NRBQ, denominado AREVE (Advanced REconnaissance VEhicle), que transporta, de forma discreta numa carrinha convencional, o equipamento mais potente para responder a emergências civis. No âmbito da investigação científica, a Indra equipou a Universidade de Granada com um laboratório de segurança biológica de nível III, o mais alto possível”, conclui o comunicado da empresa.

Em Portugal desde 1997, a Indra, com escritórios em Lisboa e no Porto, conta com uma equipa de profissionais, integrando projetos considerados chave para o desenvolvimento económico e tecnológico no país nos sectores de transporte & defesa, e nas tecnologias de informação (TI) através da sua filial Minsait.

A Indra reclama ser uma das principais empresas globais de tecnologia e consultoria e o parceiro tecnológico para as operações chave dos negócios dos seus clientes em todo o mundo, reivindicando a liderança mundial no fornecimento de soluções próprias em segmentos específicos dos mercados de transporte e defesa, e uma empresa líder em consultoria de transformação digital e tecnologias da informação em Espanha e na América Latina através da sua filial Minsait.

No exercício de 2018, registou um volume de vendas de 3.104 milhões de euros, 43.000 colaboradores, presença local em 46 países e projetos em mais de 140 países.

 

 

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