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Inflação ainda em alta faz Wall Street seguir em baixa

A inflação nos Estados Unidos abrandou ligeiramente, mas as perspetivas de uma travagem mais a fundo não foram atingidas. Resultado: os investidores continuam sem confiança na retoma.
12 Maio 2022, 19h48

O Dow Jones Industrial Average segue a cair para os 31.343,43 pontos, menos 490,68 pontos, ou 1,54%; o S&P 500 perde 58,79 pontos para os 3.876,39 pontos, menos 1,49%; e o Nasdaq Composite está perder 165,95 pontos, para os 11.198,28 pontos, ou menos 1,46%. Principalmente o índice tecnológico tem vindo a perder terreno à medida que o mercado se aproximava do seu fecho.

Os principais indicadores da saúde económica tiveram um dia difícil, que os analistas identificaram como resultado do aumento da pressão na frente do conflito internacional. Ou, dito de outra forma: a confirmação de que a Finlândia e a Suécia vão mesmo entrar para a NATO (este último país ainda sem uma decisão definitiva) parece ter motivado os investidores do mercado de capitais a considerarem que a volatilidade das ações vai aumentar.

“Tivemos grandes movimentos ao longo do dia”, disse Caroline Simmons, diretora de investimentos da UBS no Reino Unido, citada pela agência Reuters. Referia-se aos mercados de títulos e às expectativas económicas: “quando o mercado cai, tende a cair muito rapidamente”, disse.

Aparentemente, o mercado permaneceu indiferente às notícias da frente económica. É que a inflação nos Estados Unidos abrandou pela primeira vez em oito meses. Mas fica aquém das estimativas, dizem os analistas – pelo que, apesar de tudo, os investidores continuam a temer uma intromissão mais drástica da Reserva Federal ao nível das taxas de juro.

Mas nem todos pensam assim: analistas citados pela Reuters afirmam que, quanto mais depressa os ‘remédios’ do banco central norte-americano fizerem efeito, menos necessário será tomar novas doses.

Em abril, o índice de preços no consumidor norte-americano aumentou para 0,3% em cadeia e para 8,3% em termos homólogos. Os economistas esperavam um abrandamento mais expressivo.

A perspetiva do aumento mais rápido das taxas do Fed, que os investidores não param de antecipar, está a elevar o valor do dólar norte-americano “e a cobrar um preço pesado nos ativos de maior risco, que dispararam ao longo de dois anos de estímulos da era da pandemia e beneficiaram dos empréstimos com taxas baixas”, disse um analista citado igualmente pela Reuters

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