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Inflação fixa-se em 7,2% em abril. É o valor mais elevado dos últimos 29 anos

A variação na energia cresceu para 26,7% em relação aos 19,8% verificados em março de 2022, sendo este o registo mais elevado desde maio de 1985, em 37 anos.
11 Maio 2022, 10h14

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que a inflação em Portugal se fixou em 7,2% em termos homólogos, o mesmo valor que tinha avançado na estimativa rápida há duas semanas. Assim, e segundo o órgão estatístico, este é o valor mais elevado desde março de 1993, em 29 anos.

O crescimento acontece depois de uma taxa superior em 1,9 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior.

Com exceção dos produtos energéticos e alimentares, a taxa de inflação subjacente acelerou e situou-se nos 5%, representando uma subida em relação aos 3,8% registados no mês anterior. A variação na energia cresceu para 26,7% em relação aos 19,8% verificados em março de 2022, sendo este o registo mais elevado desde maio de 1985, em 37 anos.

Por sua vez, o índice referente aos produtos alimentares não transformados fixou-se em 9,4%, um crescimento significativo face aos 5,8% do mês anterior.

Em termos gerais, a variação mensal da inflação foi de 2,2%, quando tinha sido de 2,5% em março e 0,4% no período homólogo de 2021. A variação média dos últimos 12 meses foi de 2,8%, quando comparado com os 2,2% registados em março. Assim, confirma-se que os subindicadores do índice de preços no consumidor aceleraram no momento em análise.

O INE destaca “os aumentos das taxas de variação homólogas das classes de habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis e dos restaurantes e hotéis, com variações de 10,2% e 9,9%, respetivamente”, quando tinha sido de 5,4% e de 6,6% no mês anterior. No sentido contrário, as bebidas alcoólicas e tabaco e o vestuário e calçado apresentaram uma diminuição da taxa de variação homóloga para 0,6% e -0,7% respetivamente (2,6% e 0,1% em março).

O índice harmonizado registou ainda uma variação mensal de 7,4%, observando-se uma taxa superior em 1,9 p.p. a março de 2022. “Este é o segundo mês consecutivo em que é ultrapassado o valor mais elevado registado em Portugal desde o início da série do IHPC [Índice Harmonizado de Preços no Consumidor], em 1996.”

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