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Inflação homóloga da Alemanha cai 6%. É a primeira quebra desde 2020

Os economistas tinham previsto uma quebra de 5%, mas a economia alemã decidiu surpreender. Preços da energia foram os principais responsáveis pela queda acentuada da inflação.
21 Agosto 2023, 08h42

A inflação alemã caiu 6% em julho deste ano quando comparado com o mesmo período mês do ano passado, sendo esta a primeira descida do índice de preços desde novembro de 2020. Em cadeia, a inflação desceu 1,1% no sétimo mês do ano.

Este declínio, de acordo com o Destatis (Instituto de Estatística), deve-se ao “efeito-base, uma vez que os preços ao produtor aumentaram acentuadamente no ano anterior como resultado da guerra na Ucrânia”. Assim sendo, confirma-se os últimos dados lançados pela economia da Alemanha no início do mês, em que a inflação se fixou em 6,2%.

Inflação na Alemanha caiu para 6,2% em julho

Os economistas tinham previsto uma quebra inferior à apresentada, pelo que os resultados são positivos. Os analistas tinham previsto uma quebra homóloga de 5,1%, depois do aumento ligeiro (0,1%) sentido no mês anterior.

“A principal razão para a queda anual dos preços de produção foi a quebra dos preços da energia, embora os preços dos bens intermédios também tenham diminuído”, aponta o Destatis.

“Os preços dos bens de consumo e de capital não aumentaram drasticamente como nos meses anteriores”, adianta. Por exemplo, a energia caiu 19,3% em julho quando comparado com o período homólogo, sendo que os preços da eletricidade caíram 30% em todos os grupos quando comparados com julho de 2022.

Por sua vez, os preços dos bens de consumo foram 8,1% mais elevados que no mesmo período do ano anterior. “Os alimentos eram 9,2% mais caros do que no ano anterior”, destacando-se o preço do açúcar (acréscimo de 87,5% face a julho de 2022), carne de porco (32%) e frutas e vegetais (18,5%).

Por isso mesmo, a inflação em cadeia apresentou uma queda de 1,1% em julho. Este é também um dado positivo para a maior economia europeia, depois dos analistas preverem uma quebra ligeira de 0,2% e de no mês precedente, o indicador tenha desacelerado apenas 0,3%.

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