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Inflação leva 53% das empresas a restringir a capacidade de expansão, diz Intrum

O estudo da Intrum revela que “41% das empresas portuguesas usam a venda com pré-pagamento como proteção contra os atrasos de pagamento perante a inflação e 53% já está a restringir expansão dos negócios”.
28 Setembro 2022, 17h17

O European Payment Report (EPR) 2022 da Intrum revela que as empresas portuguesas adotam vendas com pré-pagamento como medida preventiva para enfrentar a inflação.

A pandemia Covid-19 continua a impactar a vida das empresas, mas a inflação, que já atingiu valores máximos das últimas décadas, tornou-se o grande obstáculo ao crescimento dos negócios em 2022.

Ora, dadas as preocupações com o impacto do aumento dos preços e com o atraso de pagamento no cash flow, as empresas estão a adotar diversas medidas preventivas, a conclusão é da Intrum que diz ainda que as vendas com pré-pagamento, aparecem no topo dessas medidas, usadas por 41% das empresas portuguesas (menos 2 pontos percentuais em relação ao ano anterior). A média europeia é de 46%, mais 3 pontos percentuais em relação a 2021, (43%).

A análise revela que inflação já está a deixar marcas em Portugal e que 53% das empresas sente que está a restringir a capacidade de expansão dos seus negócios (a média europeia é 51%).

O EPR 2022 foi um estudo realizado a mais de 11.000 empresas em 29 países.

Melhorar a gestão de crédito é também uma prioridade para as empresas. O estudo também refere que 48% das empresas em Portugal gostariam de melhorar a gestão dos atrasos de pagamento, mas assumem que têm défice de conhecimento e/ou de recursos para o fazerem internamente. Na Europa este valor sobe para os 53%.

“Muitas empresas ultrapassam este constrangimento através do recurso a empresas externas especializadas na recuperação de dívidas, uma opção mais frequente nas grandes organizações (31%), comparativamente às PME’s, onde apenas 17% das empresas dizem ter esta prática”, diz a Intrum que adianta que esta é uma realidade transversal a todos os setores de atividade, com particular destaque das utilities, pelo elevado número de clientes e o Setor Público, que em Portugal ainda não assumiu esta prática.

O estudo revela ainda que 52% das empresas portuguesas intentam ações legais contra os clientes que não pagam dívidas ou têm pagamentos em atraso, valor significativamente abaixo da média das empresas na Europa (57%).

Sendo o crescimento a principal prioridade das empresas portuguesas, Luís Salvaterra, Diretor-Geral da Intrum Portugal, afirma que “dado o contexto em que vivemos, as empresas têm de adotar medidas de combate à inflação. Na Intrum, diariamente, procuramos soluções para os nossos clientes que terão de enfrentar um período conturbado e de incerteza”.

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