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Interpol emite mandato de detenção em nome de milionário português

A organização internacional está a procurar o empresário português Bernardo Ernesto Moniz da Maia a pedido das autoridades do Brasil por suspeitas de associação criminosa, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.
24 Março 2017, 10h12

A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) indica, em nota no site oficial, que o empresário português Bernardo Ernesto Simões da Maia, de 55 anos, é “procurado pelas autoridades brasileiras para julgamento/cumprir uma sentença” pelos crimes de peculato, associação criminosa, corrupção, desvio e lavagem de dinheiro.

No início de junho do ano passado, o Ministério Público de Minas Gerais revelou que o presidente do grupo económico multinacional português Yser, Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia, estava foragido à justiça devido a suspeitas de desvio de recursos públicos levado a cabo no estado brasileiro de Minas Gerais.

Além disso, a instituição explicava ainda que outro português, Hugo Alexandre Timóteo Murcho, diretor no Brasil da multinacional portuguesa Yser e da empresa Biotev Biotecnologia Vegetal Ltda, tinha sido detido por um período de cinco dias. Nessa ocasião, cinco brasileiros foram igualmente detidos temporariamente, incluindo Nárcio Rodrigues da Silveira, ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, de acordo com o que foi noticiado pela agência Lusa.

A Polícia Federal foi acionada no verão do ano passado para descobrir se Bernardo Moniz da Maia continuava no Brasil. Alguns órgãos de comunicação social brasileiros noticiaram à data que uma auditoria revelou que os valores desviados entre 2012 e 2014 superam 14 milhões de reais (3,5 milhões de euros), os quais deveriam ter como destino a construção e projetos da “Cidade das Águas”, desenvolvida pela Fundação Hidroex.

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