O conhecimento científico produzido no ISCTE-IUL vai ter uma só casa. A antiga sede do IMT, com extensa frente para a Avenida das Forças Armadas em Lisboa hoje convertida em estaleiro, dará lugar ao Iscte Conhecimento e Inovação. O novo espaço visa reunir as várias unidades de investigação, a sua massa crítica, os recursos de investigação e desenvolvimento e inovação (I&D&I) e os instrumentos de valorização e transferência de conhecimento, atualmente dispersos e fragmentados no campus.
Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do ISCTE, diz ao JE Universidades que as novas instalações deverão estar a funcionar em pleno até ao primeiro trimestre de 2023.
“O investimento do projeto incide sobretudo na reabilitação, ampliação e reconversão funcional do edifício IMT, bem como no reequipameto científico do CVTT totalizando um investimento de 16 milhões de euros”, adianta Maria de Lurdes Rodrigues.
O projeto de requalificação do antigo edifício foi desenvolvido pelos professores da casa Bernardo Pizarro Miranda e Pedro Luz Pinto e pela antiga aluna Susana Rego, que contaram com a colaboração de estudantes de Arquitetura do Instituto. A luz verde da Câmara de Lisboa chegou no final de 2019, tendo o projeto recebido aprovação das entidades gestoras do Portugal 2020 no ano seguinte. O investimento global terá uma comparticipação de 40% de fundos europeus.
Formalmente, o Iscte Conhecimento e Inovação iniciou atividade em 2020 e desenvolve já diversos projetos, nomeadamente o polo de inovação digital AI4PA.
O Centro de Conhecimento combina as ciências sociais e humanas com as tecnologias digitais e tem como objetivo principal, segundo a reitora, “consolidar e diversificar o potencial de transferência de conhecimento e tecnologia das unidades de investigação do Iscte, no domínio pioneiro da interação entre as tecnologias e as ciências sociais e humanas”.
Maria de Lurdes Rodrigues enfatiza o papel desta infraestrutura “na germinação de novas ideias ancoradas em áreas do conhecimento centradas na sociedade e na forma como ela se organiza, bem como nos desafios agora colocados pela transformação digital”.
O universo de investigadores e assistentes de investigação do ISCTE soma 1225 pessoas (690 ETI). Na prática, a nova infraestrutura representa “uma melhoria significativa das condições de trabalho colaborativo e interdisciplinar”, cada vez mais requisito das atividades de investigação e de valorização do conhecimento. Colaboração e cooperação são indispensáveis para quem está a construir o futuro.
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