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Investimento estrangeiro em habitação caiu 53% no segundo trimestre em Lisboa

Os compradores chineses foram os mais dinâmicos, com uma quota de 33% no volume de investimento internacional. Seguiram-se os franceses com 13%, os brasileiros com 7%, os norte-americanos com 6%, e os britânicos, com uma quota de 5%.
19 Outubro 2020, 11h10

O investimento estrangeiro em habitação registou uma quebra de 53% no segundo trimestre em Lisboa, onde foram adquiridos 233 imóveis num total de 112,3 milhões de euros, de acordo com dados revelados pela Confidencial Imobiliário no âmbito do SIR-Reabilitação Urbana, esta segunda-feira, 19 de outubro.

No primeiro trimestre do ano tinham sido contabilizados 466 imóveis adquiridos num total de 238,8 milhões de euros no centro de Lisboa. Em termos de nacionalidades, o segundo trimestre apresentou 31 compradores de países estrangeiros, face aos 49 do trimestre anterior.

No trimestre em análise, os compradores chineses foram os mais dinâmicos, com uma quota de 33% no volume de investimento internacional. Seguiram-se os franceses com 13%, os brasileiros com 7%, os norte-americanos com 6%, e os britânicos, com uma quota de 5%.

As freguesias da Estrela, com cerca de 25,4 milhões de euros investidos e Santa Maria Maior, com 23,5 milhões de euros, foram os principais destinos de investimento estrangeiro no segundo trimestre. Destaque ainda para a freguesia de Santo António, com um investimento de 17,8 milhões de euros.

A freguesia da Estrela foi também a que registou menos perda de investimento, com uma queda de 12% no montante transacionado. Em Santa Maria Maior, a queda foi de 50% e em Santo António de 63%.

Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, indica que “este forte abrandamento do investimento internacional em habitação nas zonas mais centrais de Lisboa reflete, sobretudo, o impacto da pandemia nos fluxos de capital internacional direcionados ao mercado português”.

O responsável revela que “no segundo e terceiro trimestres de 2019 observaram-se quebras trimestrais de 9,5% e 14,1%, respetivamente, nas vendas a estrangeiros, com o 1º trimestre deste ano a evidenciar nova queda, de 9,1%”, o que pode ser visto como uma “reação ao anúncio de novas medidas fiscais e legais referentes aos programas de captação de investimento estrangeiro”.

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