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IP Telecom vai gerir processo dos novos cabos submarinos para as Regiões Autónomas

Autorização para o negócio já foi dada pelo Ministério das Finanças e assunto deverá ir nas próximas semanas a Conselho de Ministros.
  • Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda
1 Julho 2020, 18h17

A IP Telecom, uma participada da Infraestruturas de Portugal (IP), vai gerir o processo de substituição dos cabos submarinos de telecomunicações para a Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores e entre ilhas.

“Sobre os cabos submarinos, já temos uma proposta, que está ainda dependente da autorização das Finanças, mas que passa por ser a IP Telecom a fazer o investimento e a assegurar a ligação. Temos ainda de trabalhar com os governos regionais para ver se há interesse em participarem connosco neste esforço”, revelou Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação, numa audição da Comissão Parlamentar de Economia, Obras Públicas e Inovação, que teve lugar ontem na Assembleia da República.

Na mesma ocasião, Alberto Souto de Miranda, secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, confirmou esta informação, mas adiantou que a autorização do Ministério das Finanças para o negócio já está assegurada.

“Em princípio, será a IP Telecom que irá desenvolver este processo. E temos a notícia, que era o dado que faltava, de que o Ministério das Finanças já deu ‘luz verde’ à proposta. Penso que nos próximos dias será agendado para aprovação no Conselho de Ministros”, revelou o secretário de Estado das Comunicações.

Para Alberto Souto de Miranda, “a obsolescência dos cabos submarinos aponta para 2024, 2025”.

“O período de instalação são dois, três anos. Portanto, se recuarmos no calendário, estamos em 2022. Se precisarmos de um ano para o concurso público e para a adjudicação, com os atrasos que são expetáveis…”, relativizou o secretário de Estado das Comunicações

No entanto Alberto Souto de Miranda reconheceu que “não há tempo a perder, mas estamos com tempo”, acrescentando que “os cabos não deixam de funcionar de um dia para o outro”.

“Se for preciso que funcionem mais cinco anos, eles funcionam sem perdas”, garantiu o secretário de Estado das Comunicações.

“A verdade é que o país e a comunicação com as ilhas e entre as ilhas, precisamos de reforçar a capacidade e de apostar em cabos de nova geração. E também num modelo de negócio que seja exclusivamente grossista, que garanta a acessibilidade para todos os operadores”, concluiu Alberto Souto de Miranda.

 

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