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Isabel dos Santos nega ser alvo de queixa-crime por transferências para ‘offshore’

Procuradoria-Geral da República de Angola terá confirmado à empresária angolana que não lhe foi apresentada qualquer queixa-crime.
  • Toby Melville/Reuters
21 Dezembro 2017, 15h19

Isabel dos Santos nega a existência de uma queixa-crime sobre a gestão da Sonangol, depois de o site “Club-K” ter noticiado que a angolana tinha transferido 57 milhões de euros para uma conta offshore no Dubai. A transferência teria sido feito a partir de uma conta da petrolífera estatal no Banco BIC de Portugal já depois de Isabel dos Santos ter sido exonerada do cargo de presidente do conselho de administração da petrolífera Sonangol.

“Na sequência de algumas notícias veiculadas pela comunicação social sobre uma alegada queixa-crime contra a Eng.ª Isabel dos Santos e a sua gestão na Sonangol, esclarecemos que se trata de uma falsa informação”, referiu em comunicado.

“Contactada, a Procuradoria-Geral da República de Angola confirma que não foi apresentada qualquer queixa-crime contra a Eng.ª Isabel dos Santos naquela instância e que não estão em curso procedimentos legais de qualquer tipo, em relação a qualquer assunto relativo à empresária”, acrescentou.

Segundo a edição de 17 de dezembro do “Club-K”, o novo conselho de administração da Sonangol, liderado por Carlos Saturnino, está empenhado em resgatar  57 milhões de euros que a antiga presidente do conselho de administração, Isabel José dos Santos, teria transferido “injustificadamente” para uma conta offshore no Dubai, pertencente à sua holding Esperanza.

O site angolano noticiou ainda que a administração escreveu a Isabel dos Santos para que esta justificasse as razões da transferência, mas que não obteve resposta.

A esta carta dirigida à filha do ex-presidente angolano, após ter sido exonerada do cargo a 11 de novembro, juntam-se outros dois pedidos de esclarecimentos: um dirigido a Diogo Barrote, presidente do conselho de administração (PCA) do Banco BIC (Isabel dos Santos é uma das principais accionistas) e outro dirigido ao governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa.

Em declarações por escrito ao Jornal Económico, Isabel dos Santos já tinha negativo a transferência. “É falsa a notícia da existência de transferências realizadas para entidades terceiras depois da exoneração do anterior conselho de administração”, afirmou.

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