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Israel abateu três drones do Hezbollah no Mediterrâneo

O exército israelita afirmou hoje que abateu três drones do grupo xiita libanês Hezbollah e que se dirigiam a um campo de gás no Mediterrâneo, numa área marítima disputada pelos dois países.
2 Julho 2022, 21h09

“Três ‘drones’ que se aproximavam da zona económica marítima de Israel foram intercetados”, afirmaram as forças armadas israelitas, num comunicado em que referem que aqueles aparelhos aéreos não tripulados pertenciam ao Hezbollah e dirigiam-se ao campo de gás de Karish.

De acordo com o exército de Israel, estes três ‘drones’ foram lançados a partir do Líbano e foram abatidos antes de chegarem ao campo de gás.

Um dos ‘drones’ foi intercetado por um caça e outros dois por um navio de guerra, referiram fontes militares israelitas.

A milícia xiita libanesa também já confirmou que tinha lançado três ‘drones’ em direção ao campo de gás de Karish.

“Hoje à tarde, três ‘drones’ não tripulados foram lançados em direção ao disputado campo de gás de Karish para missões de reconhecimento”, afirmou o Hezbollah, num comunicado.

O movimento xiita libanês acrescentou que “a missão foi cumprida”, sem dar mais detalhes sobre a operação e sem mencionar a interceção dos ‘drones’ por Israel.

A descoberta de vastos depósitos de gás no leste do Mediterrâneo tem alimentado disputas fronteiriças.

Líbano e Israel, dois países vizinhos, começaram negociações em outubro de 2020, sob a égide de Washington, para delimitar as suas fronteiras marítimas, por forma a eliminar obstáculos à prospeção de hidrocarbonetos.

O diálogo foi suspenso em maio de 2021 após disputas quanto à área pertencente a cada um, incluindo o campo de gás de Karish.

Para o Estado judaico, aquela plataforma de extração de gás está localizada em território israelita, a vários quilómetros da área que é negociada com o Líbano.

Já para Beirute, esse depósito está em área disputada pelos dois países.

As tensões entre aqueles dois Estados vizinhos ressurgiram no início de junho, com a chegada de um navio fretado em nome do Estado israelita pela empresa britânica Energean, com o Líbano a acusar Israel de operar numa área disputada.

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