Israel irá voltar a impor medidas mais restritivas de confinamento durante três semanas e já a partir da próxima sexta-feira, como anunciou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no passado domingo. A decisão surge na sequência do aumento de novos casos de infeção por Covid-19 no país.
Os israelitas serão obrigados a manter-se num raio de 500 metros de suas casas, exceto em situações de deslocação para o trabalho. O período de confinamento será coincidente com as festividades judaicas, salienta a Al Jazeera, que começam com o Ano Novo Judaico a 18 de setembro e culminam com a Festa dos Tabernáculos de 9 de outubro.
O país registou na semana passada um número de novos casos diários confirmados superior a 4 mil, algo que não se verificava desde o início da pandemia, em fevereiro, e que levou à decisão de um novo período de confinamento.
Assim, as escolas no país voltarão a fechar, bem como centros comerciais. Farmácias e supermercados continuarão abertos e o setor privado poderá decidir como agir, não havendo obrigatoriedade de encerramento.
O governo de Jerusalém tem sido alvo de críticas crescentes, sobretudo pela estratégia adotada na gestão da pandemia no país, em que as graves consequências económicas têm alimentado protestos contra o governo. Netanyahu enfrenta a 13ª semana consecutiva de protestos, como lembra a Al Jazeera.
Israel regista até agora mais de 156 mil casos confirmados de infeção por Covid-19, dos quais resultaram 1.119 mortes, isto num país de 9,25 milhões de habitantes. A economia israelita prepara-se para um ano de recessão, depois do PIB do país ter caído 28% no segundo trimestre do ano e o desemprego ter atingido os 12%.
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