A aliança de centro-direita, composta pelo Forza Italia de Silvio Berlusconi e pela Liga Norte, bateram os rivais de centro-esquerda do Partido Democrático na segunda volta das eleições locais italianas.
Em Génova, um bastião do centro-esquerda, a coligação de centro-direita conseguiu mais de 55% dos votos, vencendo as eleições, algo que não acontecia há mais de 50 anos. Outra cidade importante agora liderada pela aliança de centro-direita é Áquila, a capital da região de Abruzzo.
Renzi reagiu à derrota no Facebook, escrevendo “Podia ter corrido melhor”. “O resultado geral não é bom. Algumas perdas doem, começando por Génova e Áquila”, acrescentou o ex-primeiro-ministro, fazendo referência às derrotas mais significativas do seu partido nestas eleições.
Já o líder da Liga Norte, Matteo Salvini, acredita que o resultado em Génova prova a falta de apoio dos italianos ao governo de Paolo Gentiloni. Salvini acrescenta mesmo que Gentiloni “devia demitir-se”, porque “os italianos querem uma mudança”.
Apesar de ser o claro derrotado destas eleições, o Partido Democrático, de Matteo Renzi, que abandonou o cargo de primeiro-ministro em dezembro, ainda é um dos favoritos dos italianos nas sondagens nacionais.
Tal obriga a que o centro-direita – cuja posição foi enfraquecida pelo afastamento de Silvio Berlusconi do Senado, em 2013 – terá de se unir para bater os seus rivais. Renato Brunetta, líder da Forza Italia, afirmou isso mesmo no Parlamento italiano: “A centro-direita tem de estar unida para governar, independentemente da lei eleitoral.”
Recorde-se que a lei eleitoral italiana contempla um sistema de duas voltas para as eleições locais (o que favorece as coligações), mas não para as eleições nacionais.
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