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Itália fecha acordo com Angola para importação de gás natural

Para além do acordo com Angola, Itália vai também receber mais gás da República do Congo após assinar esta quinta-feira um acordo com o país para diversificar as suas importações de gás e reduzir a dependência energética da Rússia.
21 Abril 2022, 17h55

Itália é um dos países europeus mais dependentes o gás russo, pelo que é também um dos que está mais ativamente a procurar alternativas.

Com Angola, o governo italiano assinou na quarta-feira à noite uma declaração de intenções que reafirma a vontade de “desenvolver novas atividades no setor do gás natural” que aumentem as exportações para Itália, explicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado citado pela “Lusa”.

“[O acordo com Luanda] confirma o nosso compromisso de diversificar as nossas fontes de abastecimento energético”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Luigi di Maio, sublinhando que estes acordos representam novos laços de compromisso com “países amigos”.

O segundo acordo, assinado hoje entre a petrolífera Eni e a República do Congo na presença de Luigi di Maio e outras autoridades italianas, prevê a “aceleração e o aumento da produção de gás” neste país africano, segundo um comunicado oficial.

Itália receberá a partir de 2023 mais três milhões de toneladas anuais de gás natural liquefeito (GNL), aumentando o total exportado do Congo para mais de 4.500 milhões de metros cúbicos por ano.

O acordo, alcançado esta quarta-feira, vai aumentar as compras de gás de Itália a Angola e facilitar projetos energéticos conjuntos que também envolverão energias renováveis e gás natural liquefeito, segundo um comunicado.

A Itália fechou este acordo para aumentar as importações de gás natural de Angola numa altura em que o Governo de Mario Draghi se apressa para reduzir a dependência energética da Rússia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, Luigi Di Maio, e o ministro da Energia, Roberto Cingolani, viajaram para o país da África Austral no lugar do primeiro-ministro Draghi, que testou positivo para Covid-19 no início desta semana.

Este acordo ocorre no momento em que os países europeus procuram alternativas ao gás russo devido à guerra na Ucrânia.

Para além do acordo com Angola, Itália vai também receber mais gás da República do Congo após assinar esta quinta-feira um acordo com o país para diversificar as suas importações de gás e reduzir a dependência energética da Rússia.

Os novos acordos surgem depois de um primeiro alcançado com a Argélia e Egipto. A forte presença da ENI em Angola e outros países africanos estará a facilitar os acordos.

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