Itália é um dos países europeus mais dependentes o gás russo, pelo que é também um dos que está mais ativamente a procurar alternativas.
Com Angola, o governo italiano assinou na quarta-feira à noite uma declaração de intenções que reafirma a vontade de “desenvolver novas atividades no setor do gás natural” que aumentem as exportações para Itália, explicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado citado pela “Lusa”.
“[O acordo com Luanda] confirma o nosso compromisso de diversificar as nossas fontes de abastecimento energético”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Luigi di Maio, sublinhando que estes acordos representam novos laços de compromisso com “países amigos”.
O segundo acordo, assinado hoje entre a petrolífera Eni e a República do Congo na presença de Luigi di Maio e outras autoridades italianas, prevê a “aceleração e o aumento da produção de gás” neste país africano, segundo um comunicado oficial.
Itália receberá a partir de 2023 mais três milhões de toneladas anuais de gás natural liquefeito (GNL), aumentando o total exportado do Congo para mais de 4.500 milhões de metros cúbicos por ano.
O acordo, alcançado esta quarta-feira, vai aumentar as compras de gás de Itália a Angola e facilitar projetos energéticos conjuntos que também envolverão energias renováveis e gás natural liquefeito, segundo um comunicado.
A Itália fechou este acordo para aumentar as importações de gás natural de Angola numa altura em que o Governo de Mario Draghi se apressa para reduzir a dependência energética da Rússia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, Luigi Di Maio, e o ministro da Energia, Roberto Cingolani, viajaram para o país da África Austral no lugar do primeiro-ministro Draghi, que testou positivo para Covid-19 no início desta semana.
Este acordo ocorre no momento em que os países europeus procuram alternativas ao gás russo devido à guerra na Ucrânia.
Para além do acordo com Angola, Itália vai também receber mais gás da República do Congo após assinar esta quinta-feira um acordo com o país para diversificar as suas importações de gás e reduzir a dependência energética da Rússia.
Os novos acordos surgem depois de um primeiro alcançado com a Argélia e Egipto. A forte presença da ENI em Angola e outros países africanos estará a facilitar os acordos.
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