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Janet Yellen vai para a reunião do G7 com teto de dívida e crise bancária em foco

O impasse em torno do teto da dívida dos EUA e a crise bancária que se vive no país vão marcar a ida de Janet Yellen, secretária do Tesouro norte-americano, à reunião do G7, no Japão.
  • Charles Mostoller/Reuters
10 Maio 2023, 11h49

Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, chega esta semana ao Japão para participar na reunião do G7. Em cima da mesa estará a luta partidária sobre o teto da dívida que ameaça provocar uma nova crise financeira, mas também a crise bancária que se vive no país.

A questão do teto da dívida coloca os EUA numa posição delicada enquanto economia global, afirma à “Reuters” Harry Broadman, ex-membro da Casa Branca e do Banco Mundial, uma vez que isto desvia a atenção de outras iniciativas.

Na sexta-feira passada, o presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou que não aceitará negociar com os republicanos o aumento do teto da dívida, acusando a oposição de estar a ameaçar a suspensão de pagamentos por parte do Estado, já a partir de 1 de junho.

“Podemos debater onde cortar, quanto gastar, onde mexer no sistema tributário para que todos paguem uma parcela justa”, mas “não sob a ameaça de suspensão de pagamentos”, disse Joe Biden durante um discurso na Câmara de Representantes, controlada pelos republicanos.

Depois dessas declarações, Janet Yellen alertou, numa entrevista ao canal de televisão “ABC”, que o incumprimento da dívida dos EUA provocaria o “caos financeiro e económico”. O teto da dívida dos EUA está legalmente estabelecido e só pode ser aumentado por uma maioria de votos no Congresso.

Esta quinta-feira, a secretária do Tesouro falará numa conferência de imprensa no Japão sobre os riscos de um “default” e a necessidade de evitá-lo, alertando para o “impacto global deste impasse”, afirma um responsável do Tesouro à “Reuters”.

Por outro lado, o país está também a lidar com uma crise bancária, depois do colapso do Silicon Valley Bank e, mais recentemente, da queda do First Republic Bank. O JP Morgan vai ficar com os ativos do banco depois de ter sido ser tomado pelo regulador financeiro da Califórnia.

Durante o encontro, Yellen terá de garantir aos ministros das Finanças do G7 e aos governadores dos bancos centrais que a pressão sentida pelos bancos regionais norte-americanos não ficará descontrolada.

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