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Javier Tebas: “Centralização dos direitos audiovisuais” tem de acontecer rapidamente para valorizar futebol português

O presidente da Liga espanhola de futebol lembrou que a Sport TV é o acionista maioritário, não existindo concorrência, “o que leva a alguma distorção desta realidade, algo que prejudica o crescimento da Liga portuguesa”.
9 Setembro 2023, 16h13

O presidente da LaLiga defende que Portugal deve avançar rapidamente para a centralização dos direitos audiovisuais, tendo em conta os benefícios para os clubes de futebol.

As declarações de Javier Tebas, presidente da liga espanhola de futebol, foram realizadas no Thinking Football Summit 2023. Tebas aponta que o controlo económico e a centralização dos direitos audiovisuais são as chaves de quaisquer competições.

“A exploração comercial, os patrocínios e apoiar os clubes é fundamental, sobretudo para investimentos em infraestruturas, promovendo igualmente um incremento no desenvolvimento tecnológico da competição. Temos mais de 200 milhões de seguidores nas redes sociais, sendo que nas plataformas digitais é necessário segmentar para adaptar as estratégias aos diferentes públicos-alvo”, apontou Javier Tebas.

Sobre o caso específico de Portugal, o presidente da LaLiga diz que este controlo tem de acontecer até à época 2027/28. “Muitos clubes vão agradecer, mas terão de decidir a melhor divisão, porque será sempre um foco de tensão”, mas que será necessário implementar uma estratégia para antecipar a aplicação na Liga nacional.

“Ainda existem alguns temas por resolver, mas é importante começar o quanto antes para valorizar ainda mais o produto e para o bem do Futebol Profissional em Portugal”, explicou ao jornalista Jon Prada, do espanhol Marca.

O presidente da Liga espanhola de futebol lembrou que a Sport TV é o acionista maioritário, não existindo concorrência, “o que leva a alguma distorção desta realidade, algo que prejudica o crescimento da Liga portuguesa”. “Com a centralização dos direitos audiovisuais, surgirão novas operadoras e novas plataformas, como as OTT’s, que irão contribuir para o seu desenvolvimento e, por inerência, ajudar os clubes financeiramente”, adiantou na conferência desportiva.

“Temos de nos reinventar para agradar às pessoas, dar-lhes conteúdos que nunca viram e fazer com que o adepto possa estar mais próximo do seu clube”, vincou, projetando simultaneamente o futuro da LaLiga para os próximos dez anos.

A liga espanhola tem apostado num investimento tecnológico, pelo que será a tecnologia a próxima a destacar-se. “Atualmente, somos a competição que mais trabalha em produtos revolucionários no meio desportivo e isso vai-nos fazer estar no topo, sobretudo no âmbito audiovisual e na interação com o adepto. Estaremos melhor que as outras competições, mas também os nossos clubes, porque é para eles que trabalhamos”.

É através da inovação tecnológica que os adeptos espanhóis vão estar mais próximos dos seus clubes.

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