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JE promove conferência sobre embalagens do futuro

Os objetivos ambientais obrigam a repensar produção e consumo. No caso das embalagens, a solução passa pela aposta na economia circular. Portugal tem-se destacado e tido um papel de liderança.
1 Junho 2021, 11h30

O Jornal Económico (JE) vai promover uma conferência sobre a sustentabilidade das embalagens, em que serão debatidas as principais tendências de evolução do sector e os desafios e oportunidades que se colocam, enquadrados pelas políticas e metas definidas de resposta à emergência climática.

A conferência, com o título “Sustentabilidade – A Importância das Embalagens do Futuro”, é promovida com o apoio da Tetra Pak e tem como participantes Ana Isabel Trigo, presidente executiva da Sociedade Ponto Verde; Joana Saque Faria, diretora executiva da FSC Portugal; Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED); Pedro São Simão, vogal da direção da Smart Waste Portugal e coordenador do Pacto Português para os Plásticos; e Ramiro Ortiz, diretor-geral da Tetra Pak Ibéria.

“As embalagens, em geral, e as de plástico, em particular, têm um papel fundamental para garantir a sustentabilidade ambiental, social e económica”, afirma Pedro São Simão, ao JE. Justifica apontado que “ao nível ambiental, pelas suas características de proteção e preservação, as embalagens de plástico permitem reduzir, de forma significativa, o desperdício alimentar. Além disso, o baixo peso permite reduzir o impacto do transporte de mercadorias nas emissões de carbono para a atmosfera. Ao nível social e económico, o baixo custo das embalagens de plástico, garante que os consumidores pagam, sobretudo, o conteúdo/produto, e não a embalagem. Estas, e outras, características das embalagens de plástico têm tido um papel determinante na democratização do consumo, permitindo o acesso a uma maior variedade de produtos a preços acessíveis”.

São Simão recusa a “diabolização” do plástico e refere que o problema é que “todas as vantagens de sustentabilidade associadas às embalagens de plástico podem ficar condicionadas se assumirmos um modelo de consumo linear ou, em português comum, um modelo do ‘descartável’, como tem sido a regra nas últimas décadas”, que tem resultado em “graves problemas de sustentabilidade associados às embalagens, com destaque para a poluição ambiental”.

Minimizar os problemas criados passa por uma “mudança sistémica, através da alteração de modelo de produção e consumo para uma lógica circular, onde a cadeia de valor funciona de forma integrada, e onde o consumidor desempenha um papel fundamental”, advoga.
Em Portugal, “apesar de o Pacto Português para os Plásticos ter sido lançado em 2020, muitos dos membros da iniciativa já tinham iniciado o processo de transição para uma economia circular para os plásticos nas suas entidades. Muitas já eliminaram os plásticos considerados desnecessários ou problemáticos. Temos também um crescente número de empresas a aplicarem modelos de reutilização de embalagens de plásticos – seja por recarga em loja ou recarga em casa”, diz.

A iniciativa do Pacto Português para os Plásticos tem mais de 100 membros efetivos e membros Institucionais, representando diferentes etapas da cadeia de valor do plástico, e como objetivo “acelerar a transição para uma economia circular para os plásticos em Portugal, onde estes nunca se converterão em resíduos”. A iniciativa integra a “rede internacional da New Plastics Economy (Fundação Ellen MacArthur), colocando Portugal no grupo de países que pretendem liderar esta transição”, referem.

Pedro São Simão diz que “Portugal tem-se destacado pela ambição e liderança na transição para uma economia circular”, nos plásticos. O pacto é um exemplo, sendo Portugal um dos 11 países que tem este tipo de iniciativa implementada. Acrescem, diz, “os compromissos individuais de muitas empresas portuguesas e do próprio Estado, que é o único estado-membro signatário da iniciativa Circular Plastics Alliance, da Comissão Europeia e do New Plastics Economy Global Commitment, da Fundação Ellen MacArthur.

A conferência Sustentabilidade – A Importância das Embalagens do Futuro” será realizada de forma remota e transmitida através da plataforma multimédia JE TV e das contas do Jornal Económico nas redes sociais a 2 de junho, a partir das 17:00.

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