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João Gonçalves Pereira pede eleições no CDS para que haja “clarificação dentro do partido”

Para o deputado do CDS-PP “o problema que existe atualmente é um profundo estado de degradação do próprio partido”, situação que o “preocupa”. “Se chegarmos ao dia do congresso e não houver mais ninguém, como é evidente não virarei a cara, mas eu acho que vão aparecer outros rostos, outras vontades”, disse o centrista ao JE.
  • João Gonçalves Pereira
28 Janeiro 2021, 18h00

O deputado do CDS-PP, João Gonçalves Pereira, defendeu hoje a realização de um congresso para que haja “clarificação” em relação à liderança e futuro do partido.

“A prioridade neste momento é um conselho nacional” para que se “possa marcar um congresso” para que se produza uma “clarificação dentro do partido”,  disse João Gonçalves Pereira ao Jornal Económico.

A saída do vice-presidente, Filipe Lobo d’Avila não foi uma surpresa para João Gonçalves Pereira, considerando que vem “confirmar” o que diz há “bastante tempo”.

“Noto é diariamente mais dirigentes, mais militantes a dizerem aquilo que eu disse há uns meses. O problema que existe atualmente é um profundo estado de degradação do próprio partido que me preocupa: é preciso virar a página rapidamente”, afirmou.

“Virar a página significa um conselho nacional que possa trazer uma nova liderança. Agora, é o tempo de se marcar um conselho nacional e um congresso, e depois haverá o tempo de apresentação das candidaturas”, sublinhou o centrista.

Questionado sobre se pretende candidatar à liderança do partido, o deputado avança que só o fará na ausência de outras candidaturas. “Tenho sido um grande crítico desta direção. Se chegarmos ao dia do congresso e não houver mais ninguém, como é evidente não virarei a cara, mas eu acho que vão aparecer outros rostos, outras vontades”, analisou.

Quanto à hipótese de o partido ficar fragilizado nas eleições autárquicas que vão ter lugar este ano, na eventualidade de uma mudança na liderança, João Gonçalves Pereira disse não acreditar que isso aconteça.

“Não vejo como pode prejudicar o partido nas autárquicas, até o presidente do partido tem dito que estamos longe das autárquicas, significa que qualquer alteração no partido não produzirá nenhum dano nas autárquicas, muito pelo contrário”, afirmou.

A liderança de Francisco Rodrigues dos Santos está abalada após a saída do vice-presidente, Filipe Lobo d’Avila. As críticas de Adolfo Mesquita Nunes à direção do CDS-PP também contribuem para que a posição de Francisco Rodrigues dos Santos esteja instável. O antigo dirigente já pediu eleições antecipadas no partido.

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